
Lado feminino?
Sim. Sou o autor da PEC das Domésticas e tenho um projeto que obriga o SUS a fazer a restauração do seio da mulher no caso de câncer de mama. Aqui no Brasil, o lado feminino é muito fragilizado.
Como foi a reação das mulheres com quem o senhor falou do projeto?
Todas aprovaram. São simpáticas à lei, porque conhecem o assunto. É um tema grave, que estava debaixo do tapete.
O senhor propõe alterar um artigo da CLT para as empresas liberarem as mulheres do trabalho por até três dias ao mês durante o período menstrual. O que os empresários acharam disso?
Estão totalmente contra. Eles me procuraram, exaltados: “Mas como o senhor faz um projeto desses, numa hora em que o país está com índices tão altos de desemprego?”. A verdade é que ninguém leu o projeto. Ora, a empresa só tem a ganhar, vai produzir mais, e não vai ter prejuízo, porque a mulher vai repor esse horário perdido, trabalhando em casa ou numa carga horária maior em outros dias.
É o momento de apresentar um projeto assim, quando o país discute outras reformas?
Eu acho que muda o enfoque. Tira o foco da corrupção e mira o bem-estar social. Falam só em corrupção, corrupção. Há outros problemas importantes. Esse é um projeto social de alcance profundo.
Arlindo Teixeira Jr.
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