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terça-feira, 18 de abril de 2017

"Em entrevista à Veja, Carlos Bezerra defende seu polêmico projeto de lei"

Imagem relacionadaO deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) é o entrevistado da revista Veja que já está nas bancas neste domingo (16). Na página “Conversa”, Bezerra defende seu mais recente e polêmico projeto de lei que libera mulheres do trabalho por até três dias no período menstrual. Veja, na íntegra, a entrevista com a jornalista Patrícia de Holando: Qual a necessidade de uma licença-menstruação? Você é mulher e sabe do problema por que vocês passam durante esse período. Se forem incluídos os dias da TPM, então, nem se fala. Vocês ficam de baixo-astral. Reclamam, né? Minha mulher já teve cólicas terríveis — hoje, não tem mais. No Japão, essa lei já existe. Vi que era o momento de avançar isso no Brasil. Convivo com muitas mulheres, de vereadoras a deputadas, e me preocupo com a mulher. Tenho meu lado feminino.

Lado feminino?

Sim. Sou o autor da PEC das Domésticas e tenho um projeto que obriga o SUS a fazer a restauração do seio da mulher no caso de câncer de mama. Aqui no Brasil, o lado feminino é muito fragilizado.

Como foi a reação das mulheres com quem o senhor falou do projeto?

Todas aprovaram. São simpáticas à lei, porque conhecem o assunto. É um tema grave, que estava debaixo do tapete.

O senhor propõe alterar um artigo da CLT para as empresas liberarem as mulheres do trabalho por até três dias ao mês durante o período menstrual. O que os empresários acharam disso?

Estão totalmente contra. Eles me procuraram, exaltados: “Mas como o senhor faz um projeto desses, numa hora em que o país está com índices tão altos de desemprego?”. A verdade é que ninguém leu o projeto. Ora, a empresa só tem a ganhar, vai produzir mais, e não vai ter prejuízo, porque a mulher vai repor esse horário perdido, trabalhando em casa ou numa carga horária maior em outros dias.

É o momento de apresentar um projeto assim, quando o país discute outras reformas?

Eu acho que muda o enfoque. Tira o foco da corrupção e mira o bem-estar social. Falam só em corrupção, corrupção. Há outros problemas importantes. Esse é um projeto social de alcance profundo.

Arlindo Teixeira Jr.

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