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domingo, 16 de abril de 2017

"Erdogan vence referendo sobre presidencialismo"

Apoiadores de Erdogan festejam em IstambulContagem indica que "sim" obteve 51,2% dos votos, contra 48,8% para o "não". Oposição contesta resultado e diz que pedirá recontagem de parte da urnas. Participação supera 86%. O "sim" venceu o referendo constitucional na Turquia, afirmaram neste domingo (16/04) emissoras de televisão e sites de notícias locais, com base em apurações paralelas. Horas depois, a comissão eleitoral confirmou a vitória do "sim", mas acrescentou que o resultado final será conhecido daqui a 11 ou 12 dias. A participação dos eleitores superou os 86%.
Infografik Wahlergebnis Referendum Türkei PORSegundo a emissora CNN Türk, o "sim" recebeu 51,4% dos votos, contra 48,6% do "não", contados 99,8% dos votos. A agência de notícias estatal Anadolu divulgou que, com 99,99% dos votos apurados, o "sim" venceu com 51,2%, e o "não" obteve 48,8%. Segundo a comissão eleitoral, o "sim" lidera a contagem com uma margem de 1,25 milhão de votos, restando cerca de 600 mil para serem contados.Mesmo antes de haver um resultado oficial, o presidente Recep Tayyip Erdogan já declarara vitória. Ele disse que se trata de uma decisão histórica e pediu aos países estrangeiros para respeitarem o resultado. "Hoje a Turquia tomou uma decisão histórica em um debate que dura 200 anos e que é uma mudança muito séria em nosso sistema administrativo", disse o presidente em um discurso em Istambul.
Erdogan vota em IstambulO primeiro-ministro Binali Yildirim afirmou que o "sim" venceu e disse que o referendo marca uma nova etapa na democracia do país. "Com esta mudança, nossa economia crescerá, lutaremos com mais vigor contra o terrorismo e faremos da Turquia um país líder, com alicerces mais fortes para a democracia e o Estado de Direito", prometeu.
O "não" venceu nas três maiores cidades da Turquia – Istambul, Ancara (capital) e Esmirna –, bem como na zona costeira do mar Egeu e no sudeste do país, de maioria de população curda. O "sim" venceu na Anatólia e na região do Mar Negro, redutos do partido governamental AKP.
Türkei Regierung erklärt Sieg bei ReferendumO referendo se tornou uma grande vitória para Erdogan, que busca ampliar os poderes do cargo. Partidários dele festejavam nas ruas de Istambul mesmo antes de o resultado se tornar oficial. O principal partido da oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP), anunciou que vai pedir a recontagem de 37% das urnas, após relatos de que haveria um grande número de cédulas sem carimbos oficiais. O líder do partido, Kemal Kilicdaroglu, disse que não vai aceitar a vitória do "sim", afirmando que "este referendo trouxe uma verdade à luz: ao menos 50% das pessoas disseram 'não'."Os turcos foram chamados a dar sua opinião sobre as mudanças constitucionais que introduzem o sistema presidencialista no país. A vitória do "sim" significa a substituição da atual democracia parlamentarista por uma presidência executiva de grandes poderes, a partir de 2019, e poderá fazer com que Erdogan permaneça no cargo até 2029. É a mudança mais radical no sistema político do país na história moderna.
Entre as mudanças está o fim do cargo de primeiro-ministro, com todos os poderes deste sendo transferidos para o presidente, que poderá ainda emitir decretos e nomear a maioria dos juízes e autoridades responsáveis por fiscalizar as suas decisões. A oposição afirma que as mudanças ameaçam a separação de poderes e corroem ainda mais a independência do Judicário.
Erdogan e seus apoiadores afirmam que um governo central forte tornará a Turquia mais apta a enfrentar os atuais desafios, como os problemas econômicos, o terrorismo, o combate aos rebeldes curdos e a guerra na Síria, que levou milhões de pessoas a se refugir em território turco.
O resultado deve ter um profunda influência também nas relações da Turquia com a União Europeia. Um acordo fechado entre líderes europeus e o governo turco ajudou a conter o fluxo de refugiados do Oriente Médio para a Europa. Erdogan já ameaçou rever o acordo.
AS/afp/rtr/efe/dw/lusa

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