
No Plateau, o centro histórico da capital do país, cidade da Praia, engraxou sapatos, tomou uma caipirinha à cabo-verdiana e comeu com as vendedoras do Mercado Municipal porque, segundo Rebelo de Sousa, "não vir ao mercado é não vir à Praia, aqui é que se vê a força dessa gente”.
Durante os últimos três dias, o Presidente português visitou três ilhas: Fogo, Santiago e São Vicente,
Precisamente, em Santiago, o Presidente de Portugal deslocou-se simbolicamente à Cidade Velha, lugar do primeiro povoamento português nos trópicos e antiga capital do arquipélago, classificada pela UNESCO como património da humanidade."Agora que posso entrar à vontade na Cidade Velha e Nova com esta chave que me deram, sinto-me já um cidadão vosso. Vou usar esta chave, desde já, franqueando esta entrada em nome de todos os portugueses, porque esta cidade, como todo o Cabo Verde, está no coração de todos os portugueses”.
Homenagem à democracia cabo-verdiana
A nível político, Marcelo Rebelo de Sousa teve encontros com o seu homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.
Na Assembleia Nacional de Cabo Verde, durante uma sessão solene para o efeito, prestou homenagem à democracia cabo-verdiana, que considerou como um exemplo no contexto regional africano.

"Agraciei no último fim-de-semana, em Lisboa, o cantor Tito Paris com o grau de comendador da Ordem de Mérito num gesto de reconhecimento pelo seu talento e pela sua obra, mas que não deixa de ser também um gesto simbólico de reconhecimento e de apreço pela comunidade cabo-verdiana toda ela residente em Portugal”.
Durante a visita, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, a anunciar que o Governo do arquipélago está a trabalhar no processo de isenção de vistos, a partir do mês de maio, para cidadãos da União Europeia e do Reino Unido que queiram visitar ou fazer negócios em Cabo Verde.

Rebelo de Sousa no Senegal
Depois de Cabo Verde, o Presidente Português desloca-se ao Senegal para uma visita de dois dias.O Senegal tem com Portugal relações seculares que datam do tempo dos Descobrimentos e do período colonial, no entanto, as trocas comerciais são reduzidas atualmente.
Em termos de comércio bilateral, no ano passado o Senegal foi o 62.º cliente de Portugal, com uma quota de 0,07% das exportações portuguesas, e o 75.º fornecedor, com uma quota de 0,04%, de acordo com dados da Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Independente desde 1960, o Senegal é um exemplo de estabilidade política em África e apontado como um caso de sucesso em termos de democratização.
Após a instauração da democracia em Portugal, foram estabelecidas relações diplomáticas entre os dois países, em 02 setembro de 1974.
Situado na ponta mais ocidental do continente africano, a quatro horas de avião de Lisboa, o Senegal faz fronteira com a Guiné-Bissau e tem relações próximas com Cabo Verde, que fica a cerca de 600 quilómetros de distância.
Aproxima-se de Portugal também pela língua, sendo o país da África não lusófona com o maior número de estudantes de português, e com estatuto de observador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Autoria Nélio dos Santos (Praia)
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