As obras, com orçamento de 76,9 milhões, tiveram início em meados de 2015, com prazo de ser entregue em 2017 – 24 meses -, mas devido atrasos nos repasses de recursos do governo estadual, será necessário estabelecer um novo cronograma de trabalho.
Pelo contrato, o Estado ficou responsável em providenciar 65% dos recursos, e a Prefeitura os 35% restantes. Os repasses deveriam ser executados conforme as medições apresentadas. Hoje, com 22 medições, o governo estadual repassou 18 milhões e a Prefeitura 11. Com esse montante, foi possível alcançar 31% da obra.
As dificuldades do projeto
Os problemas da construção tiveram início já no momento de escolha do projeto, que foi adquirido pronto pelo Prefeito anterior. Com isso, a construtora teve de fazer adequações, pois a planta não se ajustava ao terreno.
“Este mesmo projeto já havia sido executado em dois estados do nordeste, então, para ganhar tempo à prefeitura optou pelo aproveitamento. Mas tivemos de modificar a base, que era por sapatas e tivemos que mudar e usar estacas, só isso consumiu mais de três meses e começou a provocar os atrasos”, revelou Orozimbo.
A crise financeira que acometeu o país e, em consequência Mato Grosso, também foi outro fator que complicou o andamento da empreitada. No início havia 400 trabalhadores no canteiro, atualmente trabalham em torno de 80, pois com os atrasos nos repasses, a construtora foi obrigada a reduzir o número de contratados.
A impressão popular
Quem transita pelas ruas próximas tem a impressão de que a construção está parada, mas os trabalhos internos estão sendo tocados. Estão em execução a colocação de esquadrias nas janelas, dutos do ar condicionado e forração na cobertura, entre outros.
A Câmara de Vereadores está sendo cobrada constantemente pela população. O Presidente Justino afirmou que “os vinte e cinco vereadores estão interessados em fazer a construção deslanchar, por isso estamos aqui em busca de respostas para que possamos ter transparência na conversa com o cidadão”.
Já o vereador Dilemário Alencar (PROS), Primeiro Secretário, reclamou que “em Cuiabá está virando rotina obras não cumprirem os prazos. O governo já anunciou que vai entregar este pronto socorro em 2017, mas pelo que estamos vendo isso não vai ser possível. Mas o povo já está se sentindo enganado, pois a propaganda do governo é forte. E Cuiabá precisa desta obra.”
Por sua vez, o vereador Eliseu Resende (PSDC), foi claro em dizer que “quem espera pelo pronto socorro em 2018, esquece”.
Abílio Júnior (PSC), que é arquiteto, criticou duramente a escolha por uma solução importada, mas pontuou que não adianta chorar o leite derramado. “Na situação em que se encontra, não acredito que será entregue no ano que vem. Falta muito por fazer”.
As empresas do consórcio
Os empresários, Jorge Pires e Luís Lotufo, responsáveis pelo consórcio, afirmaram que para os trabalhos voltarem ao ritmo acelerado do início, basta que o governo passe a fazer regularmente os repasses, conforme pactuado.
Pires ressaltou que as “empresas são cuiabanas, a Concremax com 34 anos de atuação e a Lotufo com 25. Isso é uma garantia. As duas têm histórico positivo, entregam as obras que começam. Nenhuma delas está envolvida em questões judiciais por conta de qualquer falta com clientes.”
Etevaldo d Almeida
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