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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

"Carlos Bezerra fala na Câmara dos avanços da fertirrigação"

Resultado de imagem para dep carlos bezerraO deputado Carlos Bezerra (PMDB) ressaltou na Câmara os avanços que estão ocorrendo no campo da agropecuária brasileira, com a utilização da fertirrigação – técnica agrícola que utiliza dejetos de animais como adubo orgânico nas plantações de grãos. É uma técnica agrícola que está revolucionando o cuidado com o solo em fazendas onde a lavoura divide espaço com a criação de animais. Este material é tão rico em nutrientes que ganhou o nome de “ouro marrom”, disse Bezerra. Esse “ouro marrom” contém nitrogênio, fósforo, potássio e outros elementos úteis para uma boa adubação do solo, e sai de graça para o produtor. O resultado tem sido extraordinários ganhos de produtividade, que chegam a 15% para o milho e a 10% para a soja. Ao trabalhar de forma integrada, fazendo com que cada sistema da fazenda forneça subsídio para outro, a fertirrigação devolve para a natureza o que foi retirado sob a forma de grãos, reduz a compactação e aumenta a microbiota do solo, diminuindo a necessidade de aquisição de adubo. “É uma prática sustentável e ecologicamente correta, embora ter uma fazenda autossustentável dá trabalho, mas os resultados são muito positivos.”, disse. O primeiro passo para a implementação da técnica é fazer uma análise da terra, de maneira a definir a quantidade exata de dejetos a ser depositada. Este é um cuidado necessário para evitar a contaminação de lençóis freáticos em função da sobrecarga da capacidade de filtração do solo. A fertirrigação não é um processo simples. Na fazenda paranaense FrankAnna, por exemplo, que é referência nacional na pecuária de leite, os dejetos percorrem um longo caminho até se transformarem em adubo para as plantações de soja, milho e feijão.
Legislação
Conforme Bezerra, nos próximos anos deve entrar em vigor uma legislação ambiental que vai normatizar o uso de dejetos de animais na lavoura. Embora a fertirrigação já seja utilizada em grande escala na cadeia produtiva do frango, muitas vezes o manejo dos dejetos não é realizado de forma correta. O ideal, segundo os especialistas, é que a deposição dos dejetos seja feita em duas lagoas. Na primeira, o material deve ser separado em frações sólida, para compostagem, e líquida, para o biodigestor. Os dejetos devem seguir, então, para a segunda lagoa, onde ocorrerá a medição das matérias orgânicas e a inserção de produtos químicos. Só então, e depois de uma maturação de no mínimo 60 dias, é que o “ouro marrom” está pronto para ser jogado no solo.
Arlindo Teixeira Jr.

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