
Guillier, jornalista de 64 anos, da Força de Maioria, promete continuar o plano de Bachelet de aumentar os impostos corporativos para pagar parcialmente a reforma educacional, reformar a constituição e melhorar o sistema de pensões e cuidados de saúde. A candidata da aliança esquerdista Frente Ampla, Beatriz Sánchez, 46, aparece nas sondagens com 8,5%, enquanto o ex-deputado socialista Marco Enríquez-Ominami, do Partido Progressista, alcançaria 4,6%. O partido Democrata Cristão, do bloco de governo da presidente Michelle Bachelet, é representado pela senadora Carolina Goic, a quem as pesquisas apontam entre 5 e 7% dos votos. Com menos de 3% da intenção de voto aparece o ultraconservador José Antonio Kast , que representa grupos conservadores, círculos de militares reformados e partidários da ditadura de Augusto Pinochet. Concorrem também o professor Eduardo Artés, da União Patriótica, que manifesta simpatia por governos como o da Coreia do Norte, e o senador independente Alejandro Navarro, ex-socialista que se declara aliado do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, ambos com menos de 1% na intenção de votos. Além disso, cerca de 40 mil chilenos residentes em 59 países do mundo estão habilitados a votar pela primeira vez numa eleição presidencial. Se Piñera vencer, ocorrerá um duplo 'dejá vu' presidencial, com o Chile tendo sido governado em 16 anos pelas mesmas duas pessoas: Michelle Bachelet (2006-2010 e 2014-2018) e Sebastián Piñera (2010-2014 e 2018-2022). A vitória de Piñera representará também, na América do Sul, o fim de um ciclo de hegemonia da esquerda, afastada do poder no Brasil e na Argentina.
RW/lusa/dpa/cp
Nenhum comentário:
Postar um comentário