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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

"FOMENTO COMERCIAL: ‘Riscos se combatem com informação’, alerta especialista"

A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e área internaGerenciar riscos nem sempre é uma tarefa fácil, mas quando se existe um planejamento para mitiga-los é bem provável que nem sequer aconteçam. Essa é uma perspectiva que o mundo dos negócios trata de forma perspicaz, principalmente o fomento comercial (factorings e securitizadoras), cujo principal objeto de trabalho é a “venda” de dinheiro. O empresário de factoring e securitizadora, Edmar Queiroz, 44 anos e há 10 anos atuando na área de fomento comercial, relata que para eliminar os riscos típicos ao setor, sendo o principal deles a perda de dinheiro, é necessário fazer o dever de casa.
“Quando um novo cliente procura os serviços das securitizadoras ou factorings é necessário estar atento na realização do cadastro deste cliente, fazer uma boa análise do seu histórico empresarial, verificar se os títulos recebíveis são frutos de uma boa negociação e capaz de fazer parte da negociação típica ao fomento comercial”, especifica Queiroz. De acordo com o advogado especialista na prevenção de riscos na área de Fomento Comercial, Ernani Desbesel, a mitigação de riscos na área de fomento se dá mediante a boa gestão destes, com as empresas utilizando um ou mais dos quatro tipos possíveis de gerenciamento: eliminação, atenuação, transferência ou retenção. 
A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé“O bom negócio nas empresas do setor acontece quando o recebível adquirido tenha sempre como lastro a entrega correta dos produtos por parte da empresa que pretende ser cliente de factoring”, explica. Segundo Desbesel, “Risco é o efeito da incerteza”, como indica a ISO 31000:2009, norma específica para a Gestão de Riscos, por isso a importância da busca permanente de informações fidedignas que levem ao conforto decisório e, por consequência, da decisão correta de crédito. “Se existem riscos é necessário combatê-los com informações, tais como o lastro do negócio que deu origem ao crédito que a factoring compra e a capacidade de pagamento do devedor. Para que se possa cobrar uma determinada duplicata, realmente o cliente tenha vendido algo para um devedor, e que este tenha recebido a mercadoria, com qualidade e quantidade adequada. Enfim, que o negócio “precisa ter sido perfeito”, explica Desbesel. Ernani pondera ainda que um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas de fomento comercial, principalmente as de fomento mercantil (factorings) é que estas estão sujeitas a tentativas, por parte de alguns clientes com dificuldades financeiras graves, de oferecimento de operações em que os títulos não tenham origem numa efetiva operação comercial ou de serviços, o que determina uma tentativa de fraude. “Por isso, que a mitigação dos riscos deve passar, principalmente, por uma análise da exigibilidade dos títulos negociados”. A abordagem sobre o controle de riscos no mercado de fomento comercial é assunto de tamanha preponderância que foi tema de um curso realizado pelo Sindicato das Empresas de Factoring do Estado de Mato Grosso (Sinfac-MT), no último sábado (11), em Cuiabá. A presidente do Sinfac-MT, Patrícia Ferreira Borbon Neves explica que as factorings e securitizadoras são atividades de irrefutável importância para a economia regional e nacional, pelo fato de serem fonte de crédito para as empresas de pequeno e médio porte, que geralmente formam um público pouco atrativo para os bancos. “O fomento comercial no Brasil, em especial no Mato Grosso, desempenha uma função social diferenciada e importantíssima no momento atual, pois disponibiliza crédito às pequenas e médias empresas que, na sua maioria, não possuem crédito no setor financeiro, sustentando milhares de empregos diretos e outros tantos indiretos”, ressalta Patrícia. “Evidente que em como todo negócio cujo dinheiro seja o principal produto, a exposição a riscos estará presente, porém as empresas do setor possuem controles adequados e sabem mitigá-los de forma a eliminá-los ou, pelo menos, atenuá-los”, finaliza a presidente do Sinfac-MT, Patrícia Neves.
ZF PRESS

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