
Nova epidemia
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil vive uma nova epidemia. Anúncios recentes sobre o avanço da doença são aterradores: o número de casos cresceu perigosamente, de 68.526, em 2015, para 87.593, em 2016, uma variação a mais de 27,9%. Entre 2014 e 2015, o aumento de pessoas infectadas foi ainda maior – 32,7%. A infecção pode ser transmitida ao feto. A ocorrência em mulheres grávidas teve aumento de 14,7%. É a sua forma congênita, que, nas duas últimas décadas, já ocasionou a morte de 2.100 bebês, mas que pode ser prevenida, pelo acompanhamento pré-natal. Entre 2010 e 2016, os casos de sífilis congênita praticamente triplicaram, no País. Há sete anos, foram contabilizadas 6.946 infecções, enquanto a projeção para este ano é de 17.818 casos. Por muito tempo, a sífilis continuou maldita, sempre associada a comportamentos sexuais condenáveis, restrita a determinados grupos. Atualmente se sabe que não é só uma questão de relações desprotegidas. A obrigatoriedade do registro de casos em adultos está valendo desde 2011.
Arlindo Teixeira Jr.
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