
Operação Métis
Em setembro de 2016, após os relatos de Paulo Igor, a PF prendeu temporariamente o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo, e três subordinados dele. A acusação é de que o grupo praticou crimes de corrupção e obstrução à Justiça ao vasculhar imóveis de senadores – dentro e fora de Brasília – que foram alvo de mandados de busca e apreensão da Lava Jato, a fim de localizar escutas ambientais ordenadas pelo Judiciário. Entre os beneficiários dos serviços de contraespionagem estavam alvos da Lava Jato ou pessoas ligadas a eles, como Fernando Collor (PTC-AL), Edison Lobão Filho (PMDB-MA), Gleisi Hoffman (PT-PR) e até o ex-senador José Sarney (PMDB-AP). Para fazer as varreduras, os servidores do Legislativo usavam as maletas antigrampo que emitiam ondas sonoras para detectar pontos e escutas, como as que ficam escondidas em aparelhos telefônicos, tomadas e mesas. Os processos da Operação Métis estão no STF desde setembro de 2016. Em agosto do ano passado, o relator, ministro Edson Fachin, liberou o caso para julgamento em plenário. Mas até hoje a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, não o colocou para a análise dos demais ministros.
JOELMA PEREIRA
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