
Ambos negam as acusações
O inquérito no qual Temer prestou depoimento, no entanto, apura se o presidente recebeu propina para editar o Decreto dos Portos, que teria favorecido a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos. Além de Temer, são investigados Loures e os donos da Rodrimar Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita. Nas respostas, Temer negou irregularidades no decreto, editado em maio do ano passado. O presidente disse que jamais foi procurado por empresários para tratar da edição do documento. Ele admitiu, porém, ter relação com Antônio Celso Grecco. O interrogatório de Temer foi solicitado pelos delegados responsáveis pelo caso e autorizado pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator da investigação, que tem como base documentos apreendidos na Operação Patmos e em escutas telefônicas de Loures. Nos telefonemas, Loures articula com a Casa Civil para que o decreto beneficie empresas que obtiveram concessões de portos antes de 1993, como é o caso da Rodrimar, e comunica as alterações no texto do decreto a um diretor da empresa. O pedido de abertura da investigação havia sido feito em junho pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em setembro, o STF autorizou o inquérito contra Temer e Loures, que são acusados de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Assim como o presidente, o ex-assessor nega as acusações. Após a abertura do inquérito, a Rodrimar declarou que nunca recebeu qualquer privilégio e que o decreto atendeu a uma reivindicação de todo o setor de terminais portuários do país.
CN/abr/efe/ots/cp
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