O partido Congresso Nacional Africano (ANC) decidiu afastar Jacob Zuma do cargo de chefe de Estado da África do Sul, segundo a imprensa local. A decisão foi tomada após uma reunião da cúpula do ANC, que durou 13 horas. O Congresso Nacional Africano (ANC) terá dado ao Presidente Jacob Zuma 48 horas para deixar o cargo, informou a emissora pública sul-africana SABC. Os membros do Conselho Executivo do ANC reuniram-se de segunda-feira (12.02) até à madrugada de terça-feira num hotel da capital sul-africana, Pretória, para discutir o futuro do Presidente Jacob Zuma. A liderança do ANC deverá anunciar oficialmente o que foi decidido esta terça-feira, ao meio-dia, hora local. Enquanto os líderes do partido no poder se reuniam, o líder do principal partido da oposição, a Aliança Democrática, apelava mais uma vez à saída do Presidente: "Zuma violou a Constituição e, portanto, deve ser removido do poder", afirmou Mmusi Maimane. Oito partidos de oposição pediram a "remoção imediata" de Jacob Zuma. Os opositores defenderam a dissolução do Parlamento e a realização de eleições antecipadas, afirmando que o problema na África do Sul não é apenas o Presidente, mas o partido ANC. "A única maneira de envolver as massas de forma democrática e pacífica é através de um processo eleitoral - e é isso o que vamos fazer", disse Julius Malema, do partido Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF). Desde que se tornou chefe de Estado, em 2009, o nome de Jacob Zuma tem estado envolvido em vários escândalos de corrupção. Com Zuma, o ANC teve menos 54% dos votos nas eleições locais de 2016 - o pior desempenho eleitoral desde que o partido chegou ao poder com Nelson Mandela na liderança, em 1994.
Reuters, AP, DPA, Agência Lusa, tm/cp
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