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domingo, 25 de fevereiro de 2018

"ARTIGO: Uniformidade midiática"

O comportamento monopolista e uniforme dos meios de comunicação no Brasil tem sua gênese na formação de nossa classe dominante. Os conceitos de cor, classe, preconceito e poder estão umbilicalmente ligados à imposição entre as diferentes classes, envolvendo os aspectos econômico, social, cultural e político, assim como ponderava Karl Marx na sua conceituação de luta de classes. A junção das famiglie da Organização Globo, da Folha de São Paulo, do Estadão, da Veja, formam a espinha dorsal da uniformidade midiática que temos. As demais empresas de comunicação são apenas reprodutoras desse conglomerado. Marca determinante do pensamento midiático é seu aspecto conservador elitista, porquanto a manutenção de seu status corpus de privilégios e de auto locupletação, por meio do Estado, são inegociáveis. Dentre suas ações mais deletérias está a deturpação e grotesca manipulação da notícia, para o desígnio perverso de formação de opinião, que atenda seus respectivos interesses, muitos dos quais inconfessáveis. Seu processo de assimilação conceitual objetiva o encabrestamento da opinião pública, para prosseguir com a segregação social perpetuante no Brasil, desde a capitania hereditária. Não olvidemos que os barões midiáticos carregam, intrinsecamente em si, o preconceito racial, social e econômico. Ditam comportamentos e não existam em impor sua ideologia por meio da força. Vide o suicídio de Vargas, o golpe de 1964, e derrubada da presidente Dilma Rousseff.
A história brasileira ratifica, indubitavelmente, como age e como pensa a uniformidade midiática. Foram contra a abolição da escravatura, apoiaram a política do café com leite, se colocaram contra o Governo de Getúlio Vargas, se rebelaram contra os direitos trabalhistas, apoiaram o golpe parlamentarista contra a posse de Jango, e apoiaram os militares em 1964. Cresceram e se enriqueceram com as benesses dos governos dos generais, boicotaram o movimento das Diretas já, fabricaram Fernando Collor de Mello, e agora se aliaram às togas imorais e deram um novo golpe no Brasil.
A ficha corrida destas empresas familiares é extensa na conspiração contrária ao interesse pátrio, pois sofrem do mais perverso complexo de vira-latas.
São antinacionais e integristas.
Cometem os mais nefários crimes quando seus propósitos são contrariados e por tudo isso são temidas.
Afinal o brasileiro tem que pensar o que dita a uniformidade midiática, elitista neoliberal e classista das forças dominantes e predatórias de nosso desenvolvimento e soberania.
Henrique Matthiesen é advogado e professor da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasquialini (FLB-AP).

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