
Tapete preto
A atriz alemã Claudia Eisinger lançou uma petição online para que os organizadores da Berlinale troquem o tradicional tapete vermelho da abertura por um preto. Até a tarde desta quarta-feira, a campanha, intitulada #blackcarpetberlinale, já havia reunido mais de 21 mil assinaturas. "#MeToo é a tempestade catártica que finalmente está trazendo uma ruptura. Finalmente a luz recai sobre um sistema há muito ultrapassado e expõe as queixas não apenas de uma indústria, mas de toda a sociedade", diz Eisinger no texto que acompanha a petição. "Em Hollywood, as atrizes se vestiram de preto. Em Berlim, queremos um tapete preto." Ecoando a decisão de muitas atrizes que se vestiram de preto na cerimônia do Globo de Ouro em solidariedade às vítimas de assédio em Hollywood, o diretor da Berlinale afirmou que não haverá um código de vestimenta no festival. "Eu só posso pedir que cada mulher venha vestida como quiser", disse Kosslick. "Nunca tivemos um código de vestimenta na Berlinale. E eu nunca barraria uma mulher por usar sapatos baixos ou um homem por usar salto." Até o dia 25 de fevereiro, o Festival de Cinema de Berlim exibirá um total de 385 filmes de mais de 80 países. Além de assédio sexual e discriminação, questões de gênero, etnia, deficiência, identidade sexual e diversidade religiosa serão outros temas de destaque. Mais de 300 mil ingressos já foram vendidos.
LPF/dpa/rtr/afp/cp
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