
A seletividade na operação é o principal alvo das críticas, também dos internautas que interagiram com a publicação. “O cara do Leblon comenta que isso é para a segurança dos moradores, mas se fizer lá no condomínio dele, logo se veste de pato amarelo”, criticou um internauta. “Isso tem cara de fichamento, cadastro, sei lá. Como quiserem chamar, é um absurdo”, acrescentou o Maré Vive.
“A intervenção é uma ação pensada para as favelas cariocas. A classe média tá ai fazendo 'textão' de ditadura, tirando onda de sombra de medo, mas quem vai sofrer (e já está sofrendo) somos nós”, completou o coletivo.
A repercussão da crítica à intervenção militar nas favelas cariocas levou a discussões acirradas nas páginas do coletivo, que afirmou que “temos lado sim, somos parciais sim, temos nosso posicionamento crítico sim, nosso lado será sempre pela valorização e garantia da vida e dos direitos do povo das favelas e periferias que, historicamente, é criminalizado, oprimido e desrespeitado diariamente por esse governo corrupto, devastador e nefasto”, afirmaram em relação ao governo de Michel Temer (MDB), idealizador da intervenção.
O coletivo também direcionou parte de sua mensagem aos moradores, pedindo compreensão sobre a situação. “Falarei mais uma vez pra você que mora na favela que vive falando que ‘quem não deve não teme’, tema sim, pois os ‘esculachos’ serão ainda maiores. Mesmo assim, estamos lado a lado tentando ajudar da maneira que dá. E para os que não são da favela, vocês nunca entenderão a essência, a vivência, a pureza dessa resistência de luta."
A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA.
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