Chefe do Kremlin teria afirmado, anos atrás, considerar Ucrânia, Belarus e outros como parte da "Grande Rússia". É possível. Certo é que futuro chefe da diplomacia da Holanda não estava presente. O ministro do Exterior da Holanda, Halbe Zijlstra, admitiu nesta segunda-feira (12/02) que mentiu sobre ter estado presente a uma polêmica reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, antes de entrar para a política. Ele está de viagem oficial marcada para Moscou. Zijlstra, que assumiu o cargo em outubro último, alegara ter se encontrado com Putin na dacha presidencial em 2006, quando trabalhava para a companhia petroleira Shell. Na ocasião, o chefe do Kremlin teria supostamente confidenciado que considerava Belarus, Ucrânia e os Estados bálticos Estônia, Letônia e Lituânia como parte da "Grande Rússia", arrematando que "era bom ter o Cazaquistão". Falando ao jornal De Volkskrant, contudo, ele confessou não ter participado do encontro. Na verdade, escutou as observações de um colega, que estivera presente. A fim de não comprometê-lo, assumiu pessoalmente o crédito por ter escutado os comentários presidenciais sobre a "Grande Rússia". "O modo como pretendi proteger minha fonte e enfatizar minha mensagem sobre a Rússia não foi sensato, isso está perfeitamente claro", admitiu o político do conservador-liberal Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD). Halbe Zijlstra, de 49 anos, viaja nesta terça-feira para a capital russa, onde se encontrará com seu homólogo Sergei Lavrov. Segundo o primeiro-ministro Mark Rutte, ele teria cometido "um grande erro", mas não comprometeu a própria credibilidade. O também presidente do VVD, acrescentou que o incidente não prejudicará as relações da Holanda com a Rússia, pois "os russos sabem perfeitamente que o conteúdo [dos supostos comentários de Putin] é verdadeiro".
AV/ap,dpa/cp
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