
Fator Sarney
Apadrinhado por caciques do PMDB, particularmente pelo ex-presidente José Sarney (foi superintendente da PF no Maranhão, reduto eleitoral de Sarney), o diretor-geral é visto como alguém a serviço do grupo de Temer para barrar investigações que o envolvam. Segovia tem negado a acusação e dito que seu trabalho demonstrará o que fala. No entanto, a exemplo da entrevista à Reuters, o diretor-geral dá declarações que vão ao encontro da tese levantada pela oposição – a de que ele é uma das peças da estratégia peemedebista para “estancar a sangria” de investigações como a Lava Jato. Logo em sua primeira entrevista coletiva, instantes depois de tomar posse, o diretor-geral disse que uma mala com R$ 500 mil em dinheiro – entregue secretamente a Rocha Loures depois de uma espécie de roteiro depreendido de uma conversa com Temer e Joesley Batista, um dos donos da JBS – não é suficiente como prova de corrupção.
FÁBIO GÓIS
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