Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de assassinatos chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. O Mapa da Violência de 2015 aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram por sua condição de ser mulher. As mulheres negras são ainda mais violentadas. Apenas entre 2003 e 2013, houve aumento de 54% no registro de mortes, passando de 1.864 para 2.875 nesse período. Muitas vezes, são os próprios familiares (50,3%) ou parceiros/ex-parceiros (33,2%) os que cometem os assassinatos.
É inegável que as mulheres têm conquistado espaço e respeito na sociedade após anos de luta por igualdade de direitos, no entanto, ainda falta muita conscientização. Um exemplo disso é o número de mulheres assassinadas em Mato Grosso nos dois primeiros meses deste ano: foram 19 mortes. Isso é alarmante.
Além de políticas públicas que abordem o tema feminicídio, é necessário que as escolas e os pais passem a enfatizar mais a questão da violência contra a mulher.
Diante deste quadro vemos que o dia 8 de março deve ser comemorado, mas, mais que isso deve ser uma data para conscientização dos direitos das mulheres adquirido ao longo do tempo, os quais devem ser conservados e ampliados.
Mário Nadaf é advogado, professor de história e vereador por Cuiabá, pelo Partido Verde (PV)
Email: marionadaf03@gmail.com
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