
O MDB ensaiava uma intervenção no diretório desde o fim do ano passado. A decisão de Henry, de apoiar a reeleição do atual governador do estado vai contra os planos da cúpula partidária nacional, que apoia a candidatura de Fernando Bezerra Coelho – que trocou o PSB pelo MDB no ano passado. O impasse sobre a dissolução do diretório foi parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ontem (segunda, 19), o ministro Admar Gonzaga derrubou a decisão da Justiça paraibana que impedia a executiva nacional de retirar Henry do comando do partido no estado.
Em 19 de dezembro, quando o MDB aprovou mudanças no estatuto que permitiam a intervenção no diretório, o deputado Jarbas Vasconcelos (PE), que fazia parte do comando do partido em Pernambuco, fez um duro discurso contra Jucá. Um dos fundadores do MDB, Jarbas condenou a postura do correligionário à frente do partido e disse esperar o dia em que o verá “sair algemado” do Congresso.
“Se pudesse qualificar Romero em uma única palavra, deixo-a registrada nos anais da Câmara: é um crápula!”, bradou. Jarbas era contra a dissolução e afirmou que Fernando Bezerra havia respondido com “deslealdade e traição” ao “gesto de boa vontade” do partido em filiá-lo, e questionou “quem é Romero Jucá para ameaçar o PMDB de Pernambuco?”.
ISABELLA MACEDO/cp
Jefferson Rudy / Agência Senado
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