
A discussão se travou toda à portas fechadas. Em determinados momentos foi possível ouvir de fora da reunião vozes mais exaltadas, dando dimensão do embate travado internamente. Outro fator que evidencia a clara dicotomia do PSD é o fato de que, apesar do deliberado de maneira global, os deputados poderão manter a atual postura no Legislativo e não precisarão entregar seus cargos no governo.
“Nós conversamos com a bancada e a bancada tem autonomia pra continuar apoiando o governo. Até dia 31 de dezembro estamos com o governo, estamos fazendo parte desse governo, e bancada deve continuar apoiando, inclusive [quanto] aos cargos dos deputados, o partido não vai ter interferência nisso, mas os cargos que estão disponibilizados ao partido vão se disponibilizados ao governador”, explicou Fávaro, após a reunião. Ele ainda fez questão de ressaltar que o debate de hoje e o posicionamento tirado pelo partido só demonstram que o PSD não tem autoritarismo e nem “caciques”.
Na saída, Neurilan não conseguiu esconder a alegria em ver sua tese ser acatada pela maioria. “Estou feliz. Foi uma reunião longa com todas as lideranças municipais, prefeitos, vereadores, presidente das comissões municipais e deputados. Todos tiveram a oportunidade de falar e no final teve uma conjunção onde ficou definido que o Carlos Fávaro tem toda liberdade de construir um projeto para o partido”, destacou.
Gilmar Fábris, um dos mais radicais na defesa pela manutenção da postura governista, não apareceu ao término da reunião para conceder entrevista. Ao longo da semana, ele chegou a afirmar que um desembarque do governo já estava descartado pelo partido.
Da Reportagem local - Érika Oliveira/ Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Rogério Florentino Pereira/OD
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