Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso

Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso
Cons. Benjamin Duarte Monteiro, Nº 01, Ed. Marechal Rondon

Prefeitura Municipal de Tangará da Serra

Prefeitura Municipal de Tangará da Serra
Avenida Brasil, 2351 - N, Jardim Europa, 78.300-901 (65) 3311-4800

Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)

Deputado Estadual Drº. Eugênio de Paiva (PSB-40)
Agora como deputado estadual, Eugênio tem sido a voz do Araguaia, representa o #VALEDOARAGUAIA! 100% ARAGUAIA!🏆

Governo de Mato Grosso

Governo de Mato Grosso
Palácio Paiaguás - Rua Des. Carlos Avalone, s/n - Centro Político Administrativo

Prefeitura de Rondonópolis

Prefeitura de Rondonópolis
Endereço: Avenida Duque de Caxias, 1000, Vila Aurora, 78740-022 Telefone: (66) 3411 - 3500 WhatsApp (Ouvidoria): (66) 9 8438 - 0857

terça-feira, 17 de abril de 2018

"Opinião: Macron, o novo líder da Europa"

Presidente Macron concede entrevista à TVEm seguida ao ataque aéreo conjunto com EUA e Reino Unido na Síria, presidente francês inicia uma ofensiva midiática. A mensagem é inequívoca: ele é o novo lobo-alfa da União Europeia, opina o jornalista Max Hofmann. Foi ele próprio quem convenceu pessoalmente seu homólogo americano, Donald Trump, a retaliar o ataque com gás tóxico em Duma, assegurou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, em sua segunda grande entrevista numa semana memorável. Com certeza ele não queria fazer o mesmo papel que seu antecessor, François Hollande, que em 2013 preparou tudo para entrar na guerra junto com os americanos – já na época o regime do presidente Bashar al-Assad aterrorizava a Síria com seus ataques com gás. No entanto, no último segundo, o então presidente Barack Obama voltou atrás. O francês se sentiu traído.
Macron conseguiu evitar essa impressão. Ele tampouco repetiu o erro de Obama, de traçar uma "linha vermelha" e depois não agir quando ela é ultrapassada.Permanece em aberto se essa é a maneira correta para melhorar a situação na Síria, mas claro está: o presidente da França agora posa de estadista de ação, que faz o que promete. Mas também ele vai constatar que a posição de lobo-alfa da União Europeia – sobretudo em questões de guerra e paz – logo pode se tornar terrivelmente solitária.
Na declaração dos ministros do Exterior divulgada nesta segunda-feira (16/04) leem-se muitas sugestões conhecidas: acesso humanitário, cessar-fogo, solução política. Só faltou a reivindicação de uma zona de exclusão aérea. Aí se poderia dizer que os europeus retomaram todos os tópicos que já há anos estão sobre a mesa, no conflito armado da Síria.
Mas há muito tempo já está claro: isso tudo pode soar pacifista e construtivo, mas para a população da Síria não faz a menor diferença. O Ocidente fracassou, e Macron sabe disso. Contudo, ele quer no mínimo dar a impressão de que, aqui na Europa, há alguém que tenta ao menos fazer alguma coisa, e para isso se utiliza de todos os palcos disponíveis.
Além das duas entrevistas de várias horas dos últimos dias, na terça-feira Macron fará um discurso no Parlamento Europeu sobre o futuro da UE. Dois dias mais tarde ele vai se encontrar em Berlim com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, pois não quer deixá-la de fora.
O que não é assim tão simples: o francês está tão presente, em todos os canais, que por vezes precisa se esforçar para preservar a impressão de uma estreita cooperação franco-alemã. Já foi assim durante a inusitadamente longa formação de governo em Berlim.
Porém, quando se trata de questões militares, a Alemanha já está quase automaticamente de fora. Isso vale, aliás, para a maior parte dos Estados da UE. Apesar de todos os planos de uma política interna e externa conjunta para o bloco, em termos de ataque e defesa cada país está à própria sorte. Isso ficou confirmado no pronunciamento conjunto dos ministros europeus do Exterior: o apoio aos ataques aéreos na Síria é ostensivamente contido.É a história de sempre: a França e o Reino Unido se encarregam do trabalho sujo militar, e nenhum dos demais países possui nem a vontade nem as possibilidades técnicas para executar ofensivas aéreas como as de sábado passado. Muitos podem achar isso bom, mas não é a melhor maneira de ser levado a sério no palco internacional.
Além do impulso para agir, do carisma e dos amplos poderes, o presidente francês é um dos poucos na Europa que também dispõe da potência militar para se fazer ouvir no mundo. Não há dúvida: as ações da Alemanha são de alta importância quando se trata de questões econômicas. No conflito da Síria, porém, visto de fora, o país não tem nenhuma relevância.
Tal divisão de papéis pode funcionar para a União Europeia como um todo, mas para a estrutura interna de poder, entre Paris e Berlim, ela tem consequências. Macron mostrou que leva tremendamente a sério os próprios compromissos. Lançar mísseis é bem diferente de reivindicar um ministro europeu das Finanças.
Com essa ação, Macron deixou definitivamente de lado aquela leveza juvenil que lhe valeu a vitória eleitoral em 2017. A União Europeia e o mundo veem agora um novo presidente da França: desencantado, mais sério, mais decidido; Macron, a autoridade, o comandante supremo.
Max HofmannDesse modo, ele também passa a ser o chefe de governo para quem os colegas da UE primeiro voltam os olhos. Talvez não em todas as questões, mas certamente em muitas, e acima de tudo nas de política externa. Isso não traz só vantagens para Macron: um líder é alguém que muitos querem seguir, mas também atrás de quem muitos preferem se esconder.
Max Hofmann é diretor da sucursal da DW em Bruxelas/cp

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ame,cuide e respeite os idosos