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quarta-feira, 9 de maio de 2018

"Relatório sobre privatização da Eletrobras será apresentado nesta quarta-feira em comissão especial"

José Carlos Aleluia confirmou que o texto vai ser favorável à proposta do governo. Oposição critica o fato de que o parecer será entregue antes da conclusão da fase de debates.
O relator do projeto de lei que autoriza a desestatização da Eletrobras (PL 9463/18), deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), vai apresentar o seu parecer nesta quarta-feira (9).
Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Audiência Pública e Reunião Ordinária. Dep. José Carlos Aleluia (DEM - BA)
Aleluia espera que a comissão especial comece a votar o parecer daqui a duas semanas
Aleluia confirmou que o texto será favorável à proposta do governo, na forma de um substitutivo. Pelas regras regimentais, será aberto um prazo, equivalente a cinco sessões do Plenário da Câmara, para apresentação de emendas ao substitutivo, e o relator deverá propor um novo parecer com base nessas sugestões. Somente após esta fase será possível iniciar o processo de votação na comissão especial na qual o projeto do Executivo está sendo analisado desde março.

A previsão de Aleluia é que a votação do parecer se inicie em duas semanas na comissão especial. Como tramita em caráter conclusivo, o texto, se aprovado, poderá ser enviado diretamente ao Senado, a menos que haja recurso para que a decisão final na Câmara seja em Plenário. O próprio Aleluia disse que a oposição deve tentar levar a votação ao Plenário, caso perca na comissão.
“Certamente os partidos de oposição vão recorrer. Mas é preciso que o requerimento deles seja aprovado no Plenário, e eu não acredito que seja”, declarou.
Crítica da oposição
O anúncio, feito pelo relator nesta terça-feira (8) pouco antes da audiência pública com o ministro da Fazenda, Eduardo Refinetti Guardia, gerou críticas de membros da comissão especial contrários à privatização da estatal. Os deputados alegam que a apresentação do parecer desconsidera as conversas que vêm ocorrendo entre governo e oposição. “Nós fomos atropelados”, contestou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Houve ainda questionamentos sobre o fato de o parecer ser apresentado antes da conclusão da fase de audiências públicas. A comissão tem debates marcados para esta semana em outros estados.

O presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), rebateu as críticas da oposição. Segundo ele, as tentativas de fechar um cronograma de tramitação não avançaram. “O que eu não posso é ficar na inércia, esperando um acordo que não vai acontecer”, comentou Motta. Ele afirmou ainda que a apresentação do relatório amanhã joga a votação para a terceira e a última semana do mês de maio, datas que ficam a meio termo entre a pressa do governo e a resistência da oposição.
Defesa do projeto
O projeto do governo propõe transformar a Eletrobras em uma corporação sem controlador majoritário por meio de uma oferta de novas ações, que diluirá a fatia da União na empresa. A oferta será feita em bolsa de valores. Hoje a União possui 60% do capital social da estatal. Segundo o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr, que já foi ouvido na comissão especial, a ideia é terminar o processo de capitalização com 43%. A nova Eletrobras não terá nenhum sócio, fora a União, com capital superior a 10%.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Audiência pública para discussão sobre o cercamento com grades dos prédios residenciais localizados no Cruzeiro Novo-DF. Dep. Érika Kokay (PT-DF)
"Fomos atropelados", criticou Erika Kokay, sobre a data de entrega do relatório
A capitalização da estatal foi um dos pontos destacados pelo ministro da Fazenda durante a audiência pública na comissão especial. Guardia disse que a operação é necessária para recuperar a capacidade de investimento da empresa, hoje afetada por um elevado endividamento. Segundo ele, os investimentos da empresa caíram de R$ 11,4 bilhões em 2014 para R$ 5,2 bilhões no ano passado. “A Eletrobras está encolhendo, reduzindo o seu tamanho e a sua participação na oferta de geração de energia, por conta do endividamento excessivo”, disse. “A gente precisa capitalizar a empresa.”
Guardia negou que o modelo proposto vá elevar as tarifas de energia, como vem afirmando parlamentares contrários à operação. E explicou aos deputados que os R$ 12,2 bilhões que o governo esperar receber com a desestatização virão da renovação das concessões das usinas da Eletrobras, e não da venda das ações. Os recursos gerados pela capitalização, acrescentou ele, serão injetados integralmente na empresa.
Salários de diretores
Durante o debate, parlamentares criticaram o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, que em março propôs ao governo elevar o salário dos diretores da estatal e das suas subsidiárias. Pela proposta, o salário dele, por exemplo, subiria dos atuais R$ 52,3 mil para R$ 76,6 mil. “Em um governo sério, esse presidente da Eletrobras já deveria estar demitido”, apontou Danilo Cabral (PSB-PE).

O 1º vice-presidente da comissão, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), rechaçou os comentários da oposição. De acordo com ele, desde 2015 os salários dos comandantes da Eletrobras não são reajustados. “Havia um risco muito grande da perda de quadro de diretores”, afirmou. Ele lembrou que o governo negou o aumento solicitado pela direção da estatal.
Medida provisória
Também tramita no Congresso Nacional uma medida provisória (MP 814/17) que abre caminho para a privatização da Eletrobras e de suas subsidiárias. O texto está em análise em comissão mista.
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Marcelo Oliveira

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