O jornalista turco Mehmet Altan foi solto na qarta-feira (27) depois de dois anos de detenção por envolvimento com o golpe de Estado frustado, em 2016, segundo a ONG P24, que trabalha pela liberdade de imprensa. Altan tinha sido condenado a prisão perpétua. As informações são do Jornal do Brasil on-line. Altan havia sido condenado a prisão perpétua junto com seu irmão Ahmet, escritor, e outra jornalista de renome, Nazli Ilicak, ao fim de um julgamento muito criticado na Turquia e no exterior. O jornalista foi solto em liberdade condicional por um tribunal regional de Istambul. A sentença e sua condenação à prisão perpétua, no entanto, não foram anuladas. Por esse motivo, o jornalista está proibido de deixar o território turco e deve se apresentar regularmente às autoridades.
Ahmet e Nazli, no entanto, serão mantidos presos. O tribunal também determinou o adiamento da continuação do julgamento em apelação até 21 de setembro.
"Estou livre após 21 meses, mas sequer deveria ter sido preso. Que a minha libertação traga esperança à via do direito e da democracia", disse ao ser recebido por amigos e colegas.
O Tribunal Constitucional havia considerado em janeiro que o jornalista deveria ser libertado pois, em sua visão, seus direitos foram violados. No entanto, um tribunal turco se negou a fazê-lo. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos também considerou em março que haviam violado os direitos de Altan.
Entenda o caso
Os três são acusados de ter vínculos com o grupo do clérigo Fethullah Gulen, que vive nos Estados Unidos e a quem Ancara culpa do golpe frustrado, o que ele desmente.
As condenações aos jornalistas se baseiam em uma aparição na televisão um dia antes da tentativa de golpe de Estado na qual supostamente enviaram "mensagens subliminares" pedindo a derrubada do governo de Recep Tayyip Erdogan.
Huseyin Aldemir/Reuters/Caminho Político
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