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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

"A entrega do pré-sal pelos traidores da Pátria"

Nada, absolutamente nada prejudicou mais a economia brasileira, em todos os tempos, do que a entrega do pré-sal, a maior riqueza do país, às multinacionais do petróleo. Fala-se em ciclo do ouro, ciclo do açúcar, ciclo da borracha. Tivemos todos esses ciclos e não nos desenvolvemos porque, cada um a seu tempo, não resultaram em crescimento com distribuição de renda. O ciclo do pré-sal era a porta aberta para, finalmente, um ciclo de desenvolvimento completo. Foi liquidado por Temer e sua base. No Congresso, os principais artífices da entrega do petróleo foram, na Câmara, os deputados José Carlos Aleluia, Rodrigo Maia, André Moura, Beto Mansur e Danilo Forte. No Senado, o principal articulador da derrota do povo foi José Serra, e ainda Romero Jucá, Cassio Cunha Lima, Fernando Bezerra Coelho e Ana Amélia, agora vice de Alckmin. Seus nomes devem ficar escritos em ferro e fogo nas colunas do Alvorada. Foram eles, para todos os efeitos, os verdadeiros vendilhões da Pátria.
Não é que isso seja irreversível. O Governo Temer, felizmente, está se esgotando, e a maioria do Congresso pode mudar. Nesse caso, poderemos ter, para além da anulação do pré-sal, o referendo revogatório de todas as medidas de traição deste governo, que significam a anulação das principais delas. Justamente por isso as eleições são absolutamente fundamentais. É o momento de o povo ir à forra contra megatraidores como Jucá, Aleluia, Rodrigo Maia e os aliados de Serra.
Justamente por isso tenho destacado a importância das eleições que vamos realizar. Não adianta sentar no meio-fio e chorar em face das condições restritivas para a oposição das regras eleitorais criadas pelo governo e pelo TSE. É delas que dispomos e temos que disputar dentro dessas regras. Lembro-me das eleições de 1974, em plena ditadura, extremamente restritivas para a oposição ao regime. Foi uma verdadeira surra. Candidatos contra o regime ganharam em todos os estados, menos o pequeno Sergipe.
Não são as restrições dos donos do poder que tornam a vitória eleitoral difícil para a oposição. É também a incompetência desta última. Veja quanta besteira o PT, principal partido de oposição, fez ou está fazendo nessas eleições. Apostou o tempo todo na defesa jurídica de Lula, desconsiderando o fato de que estamos dentro de um golpe jurídico que faz as instituições a seu modo. Com isso, foi incapaz de articular uma candidatura alternativa fora do PT que levasse a luta para o campo político.
O PT poderia ter percebido que os militares da ativa só interviriam na ordem política em caso de anormalidade do processo eleitoral. Diante da prisão de Lula, sem resistência, o único caminho era político. E esse caminho, pelo menos no atual ciclo eleitoral, estava fechado a Lula, como se verificou. Portanto, era preciso articular uma alternativa que deixasse os militares da ativa naquela posição que Gramsci aconselhava, ou seja, trazer o opositor para uma posição da qual só pode recuar com desonra.
O caminho escolhido foi o do confronto jurídico, uma banalidade tendo em vista posições recorrentes no âmbito judiciário, em todos os níveis, de impedir a candidatura de Lula e mantê-lo na cadeia. Com isso, perdeu-se a oportunidade de trazer o debate jurídico para a esfera própria, ou seja, para a questão da venda da soberania nacional, da traição do povo, do esbulho da democracia. O debate presidencial tomou a forma esdrúxula das promessas de creche e de escola, ou de segurança, atribuições de estados.
Não quero crucificar o PT em sua hora de amargura, mas, sabendo que perderia alguma coisa nessas eleições depois de anos e anos de ataque da mídia, acabou se protegendo sob a sombra enfraquecida de Lula, sacrificando o próprio ex-presidente. Pensou mais em si mesmo, como partido, do que no seu líder aprisionado.
O resultado é pobre. Provavelmente perderá as eleições, levando, nessa perda, milhões de cidadãos que se privarão de uma representação popular em sua maioria autêntica. Diante disso, é preciso ir às urnas com a convicção de uma vitória ao menos relativa dos progressistas. Para isso, preste atenção na traição do pré-sal: quem trai na parte, trai no todo.
J. Carlos de Assis é economista e jornalista

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