
Em relação às autárquicas de 2013, em que a RENAMO não participou, o número de municípios em que a FRELIMO venceu baixou de 49 para 44.A RENAMO está em posição de ganhar em Malema, que está fora do prazo legal para publicar resultados, lê-se no Boletim sobre o Processo Político em Moçambique - Eleições Autárquicas, do Centro de Integridade Pública (CIP).
A oposição mantém duas das três principais cidades do país, nomeadamente Beira, com o MDM, e Nampula, com a RENAMO, enquanto a FRELIMO continua com a capital, Maputo.
RENAMO contesta resultados

Segundo o Boletim sobre o Processo Político em Moçambique, o maior partido da oposição reclama vitória nos quatro municípios ganhos pela FRELIMO à tangente, mais Marromeu, onde alegadamente houve urnas desviadas.
A RENAMO contesta os resultados, acusando a FRELIMO de pretender empurrar o partido para um novo ciclo de conflito. "Não queremos a guerra, mas também não admitimos nem aceitamos qualquer tentativa de pôr em causa a vontade popular", afirmou o líder interino da RENAMO, Ossufo Momade, numa teleconferência a partir da Gorongosa. "Se este voto popular não for respeitado, a RENAMO vai romper com as negociações e as consequências que daí advirem serão da inteira responsabilidade do Presidente da República e do partido FRELIMO", avisou Momade.
A FRELIMO já reagiu, afirmando que, com estas ameaças, o coordenador da RENAMO perdeu a oportunidade de se afirmar como dirigente político. "A RENAMO tem de se encontrar dentro da RENAMO. A luta pela demonstração de forças para a liderança da RENAMO não pode ser chamada aos moçambicanos", afirmou o porta-voz do partido no poder, Caifadine Manasse.
"O processo de paz tem que andar e as chantagens políticas têm de parar. Nós não vamos permitir ameaças num estado democrático", sublinhou.
Nota positiva dos observadores
Na opinião dos observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), as eleições respeitaram as práticas internacionais, apesar de alguns incidentes localizados.
Para a União Europeia (UE), a organização, de uma forma geral, ordeira das eleições locais representa um sinal encorajador para a consolidação da paz em Moçambique. "É importante agora que todas as partes contribuam para uma conclusão pacífica e transparente deste processo", lê-se num comunicado da UE.
Para a plataforma da sociedade civil moçambicana Sala da Paz e para o Instituto para a Democracia Multipartidária, as eleições foram transparentes.
Leonel Matias (Maputo)Caminho Político
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