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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

"Novatos desafiam políticos veteranos nos estados"

Witzel: favorito ao governo do Rio, duas semanas do primeiro turno mal havia sido mencionado pela imprensaEstreantes na política e de carona na onda bolsonarista, ex-militares, empresários, ex-juízes e um jornalista estão na disputa em oito estados. Quase todos são favoritos e devem impor derrotas a velhos grupos políticos. O segundo turno das eleições para governador deve impor novas derrotas a clãs políticos tradicionais e ver mais uma vez a ascensão de novatos na política registrada nas eleições nacionais do dia 7 de outubro. No próximo domingo, os eleitores de 13 estados e do Distrito Federal vão escolher seus novos governadores. Em oito dessas disputas, novatos com pouca ou nenhuma experiência política –em vários casos filiados a partidos nanicos – aparecem na liderança das pesquisas ou empatados com o líder.
Neste grupo de estreantes há três empresários, um jornalista, dois ex-juízes, um bombeiro e um policial. Eles disputam o pleito com governadores que buscam se reeleger, senadores e deputados. Três desses outsiders são filiados ao PSL de Jair Bolsonaro. Apenas seis das 14 disputas para governador contrapõem grupos políticos tradicionais.
O caso mais chamativo é o do Rio de Janeiro, onde o ex-fuzileiro naval e ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) surpreendeu no primeiro turno ao conseguir 41% dos votos válidos, graças, em grande parte, por associar seu nome com a candidatura presidencial de Bolsonaro. Antes do resultado, Witzel vinha sendo ignorado pela imprensa e outros políticos. Com 61% das intenções de voto, segundo o último Datafolha, ele deve derrotar o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), um veterano da política carioca.
Em Minas Gerais, o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB), outra figura conhecida nacionalmente, aparece bem atrás de outro estreante, o empresário Romeu Zema, filiado ao nanico Novo, que foi criado há três anos. Segundo o Datafolha, Zema tem 71% das intenções, contra 29% do tucano. No primeiro turno, Zema já havia deixado para trás o atual governador Fernando Pimentel (PT), que disputava a reeleição. Assim como Witzel no Rio, Zema também colou sua imagem em Bolsonaro.
No Distrito Federal, 11 candidatos se apresentaram para a disputa ao governo no primeiro turno. O empresário Ibaneis Rocha (MDB), que disputa sua primeira eleição, terminou na liderança. Ele agora é o favorito na disputa isolada com o atual governador Rodrigo Rollemberg. O empresário tem 75% das intenções, contra 25% do governador, de acordo com o Datafolha.
Em Santa Catarina, o bombeiro Comandante Moisés (PSL), que nunca exerceu cargo eletivo, aparece com 59% das intenções de voto, de acordo com o Ibope. Está à frente do deputado Gelson Merísio (PSD), que já presidiu a Assembleia Legislativa do Estado e que aparece com 41%. Foi em Santa Catarina que Bolsonaro obteve seu melhor desempenho no primeiro turno em todo o país: 65,8% dos votos válidos no estado.
Em Rondônia, outro militar estreante na política aparece liderando as pesquisas. O coronel reformado da PM Marcos Rocha (PSL) tem 63% das intenções de votos válidos na disputa com o ex-deputado e ex-senador Expedito Júnior (PSDB).
No estado de Roraima, mais um filiado do PSL aparece como favorito. O empresário Antonio Denarium tem 62% das intenções de voto. Seu oponente é José de Anchieta Júnior (PSDB), que já governou o estado entre 2007 e 2014 e agora aparece com 38% das intenções.
Em Mato Grosso do Sul, o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está sendo desafiado pelo ex-juiz Odilon (PDT), conhecido no estado por sua atuação contra cartéis de traficantes que agem na fronteira com o Paraguai. Por enquanto, Odilon aparece tecnicamente empatado no limite da margem de erro com Azambuja. Tem 47% das intenções contra 53% do atual governador.
Por fim, no Amazonas, um jornalista sem experiência política aparece na liderança. Wilson Lima (PSC), ex-apresentador da TV "A Crítica", tem 65% das intenções de votos válidos. Ele disputa com o veterano Amazonino Mendes (PDT), que está em seu quarto mandato como governador.
Além de estarem desafiando veteranos, todos esses oito novatos têm em comum o fato de apoiarem, em maior ou menor grau, a candidatura de Jair Bolsonaro. A força do presidenciável também se fez sentir mesmo nas candidaturas de políticos de grupo tradicionais. Em Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Amazonas, ambos os candidatos na disputa declararam apoio ao presidenciável.
Também chama a atenção o isolamento de Fernando Haddd (PT) em todos os 14 estados que vão ter segundo turno para governador. Só três dos 28 candidatos declaram apoio ao petista.
Entre os estados com disputas isoladas que envolvem velhos grupos políticos estão Amapá, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Sergipe. No páreo estão só veteranos e partidos bem estabelecidos, como o PSDB, DEM, PT, PSB, PDT, MDB e PSD.
No Rio Grande do Sul, o atual governador Ivo Sartori (MDB) tenta quebrar a sina que envolve os ocupantes do Palácio Piratini no estado. Desde que o mecanismo da reeleição foi criado, em 1997, nenhum chefe do executivo gaúcho foi reconduzido para mais um mandato consecutivo. Por enquanto, Sartori tem 41% das intenções e está atrás do tucano Eduardo Leite, que tem 59%. Apesar de ser filiado ao PSDB e ter sido prefeito de Pelotas, Leite, de apenas 33 anos, também se vendeu como uma espécie de "novidade" nas eleições para se contrapor ao veterano Sartori. Ambos apoiam Bolsonaro na disputa presidencial.
Já no Amapá, a disputa pelo segundo turno envolve dois velhos inimigos políticos: os ex-governador João Capiberibe (PSB) e o atual governador Waldez Góes (PDT). No Rio Grande do Norte, o PT tenta conquistar mais um governo estadual com a candidata Fátima Bezerra. A senadora disputa o governo com Carlos Eduardo (PDT), ex-prefeito de Natal e membro da família Alves, uma oligarquia tradicional do estado. No Sergipe, a disputa envolve o atual governador e um deputado federal que é filho de um ex-governador.
No Pará, Helder Barbalho (MDB), filho do senador Jader Barbalho (MDB), aparece como favorito, com 58% das intenções, à frente de Márcio Miranda (DEM), que já foi presidente da Assembleia Legislativa do estado. Em São Paulo, o ex-prefeito João Doria (PSDB) disputa o segundo turno com o atual governador Márcio França (PSB).
Jean-Philip Struck/Caminho Político

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