Diante da perda de um dente e pior se ele for na arcada inferior na região posterior, todos os dentes da boca sofrerão movimentação, e com isto ocorrerá um desvio funcional no apoio da boca produzindo a compressão as articulações da boca ( ATM ) essa alteração articular pode causar sintomas como zumbido, labirintite e até mesmo perda auditiva.
Em muitos casos leva a dor intensa que reflete no ouvido fazendo o indivíduo a procurar o otorrinolaringologista e no caso não encontra nada relacionado ao ouvido. Esse desvio pode ser equiparado a um salto de sapato quando se quebra alterando o modo de pisar e desviando o corpo.
As alterações dentárias podem levar a sérios problemas na coluna cervical como escoliose, hérnia de disco, compressões de nervos da região cervical e com isso, alterar o funcionamento de órgãos que são inervados por estes nervos.
Diante da perda do referido dente, os molares e pré-molares superiores descem e vão para dentro da arcada causando uma atresia, deixando ela mais estreita, podendo levar as alterações na posição da língua, sua fala e deglutição, a língua comprimida pelos dentes a faz se posicionar mais posteriormente, podendo cair na garganta e causar o ronco e até apnéia do sono. Esteticamente as arcadas ficam atrás, aparecendo um corredor bucal no sorriso, quando a boca aparece fechada, os lábios que apoiam nos dentes ficam com bico e aparecendo vincos precoces ( bigode chinês, boca de ventríloco , etc. ) e com a perda deste específico dente os anteriores caem para trás fazendo com que os lábios recuem e deixa a boca com aspecto senil ( boca murcha ).
Com os dentes anteriores caindo para dentro vai produzir uma mordida profunda levando a um travamento no movimento e podendo causar dores de cabeça e pescoço comprometendo também os ouvidos.
O tratamento normalmente acontece diante da colocação de implantes dentários e próteses dentárias de porcelana, mesmo em uma boca com todos os dentes fora de suas posições, seria como entrar em uma casa com o piso afundado e mesmo assim colocar piso por cima.
O paciente deve ser orientado dos problemas e suas consequências para depois propor o tratamento que deve ser sempre em arrumar a boca para depois colocar as próteses e implantes.
Além de ficar muito mais lindo, fica funcional, quando tudo está correto, fica saudável. Do contrário inverte tudo, fica desarmônico, esquisito, artificial, em desequilíbrio das suas funções levando a vários problemas. O pior é que todo o trabalho deverá ser refeito.
Quando o paciente procura um tratamento seja de qualquer tipo, deve exigir é que se faça um estudo estrutural, funcional, biológico e estético, não dentário que é muito pouco, mas integrado, dentes, boca e corpo. Antes de fazer qualquer procedimento, o paciente deve requerer isso.
Assim de leigo, o indivíduo passa a entender muito bem sobre o seu caso. Se queres economizar, essa é a melhor forma de poupar dinheiro, que é fazer o certo.
O caminho correto é sempre o mais rápido, mais confortável e mais em conta. Pegar o caminho errado nunca se chega a lugar algum.
Rosário Casalenuovo Júnior é diretor clínico do Instituto Machado de Odontologia; co-autor do livro Cirurgia Ortognática e Ortodôntica; presidente da ABOR-MT (Associação Brasileira de Ortodontia – SEC.MT) Especialista em: Ortondontia (Bioprogressiva e Arco reto); Ortopedia Funcional dos Maxilares Dor Orofacial e Disfunção de ATM Email: dr.rosario@institutomachado.com.br
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