A previsão da compensação financeira aos Estados e municípios pelo esforço de exportação é de pouco mais de R$ 1,9 bilhão. Como o Estado que mais exporta produtos primários e semielaborados, Mato Grosso deverá receber em torno de R$ 400 milhões. Mesmo não sendo impositivo, o FEX deve ser liquidado até o último dia de cada ano. “Nossa expectativa – disse Fagundes – é de que esses recursos sejam pagos pelo atual Governo. Tenho certeza de que não será deixado para o ano que vem”, completou o republicano.
Os dois ministros se declararam empenhados para encontrar o espaço orçamentário dentro do teto dos gastos para garantir a liberação do auxílio – criado em função da baixa compensação da Lei Kandir. “Há a possibilidade também de caracterizar a despesa como crédito extraordinário. Ainda assim precisamos ter certeza de que haverá espaço dentro da meta fiscal. Vamos continuar buscando. É uma preocupação já encaminhada pelo presidente da República” – frisou o ministro Esteves Colnago, durante audiência na CMO.
De sua parte, o ministro Carlos Marun disse acreditar que entre os dias 6 e 7 de dezembro será possível definir os detalhes dos encaminhamentos orçamentário e financeiro. O presidente da AMM, Neurilan Fraga, afirmou inclusive que é possível que os repasses sejam anunciados durante encontro do presidente Michel Temer com o movimento municipalista. “Estamos otimistas porque esses recursos são fundamentais para as prefeituras” – disse Fraga.
Nos dois encontros, o senador Wellington Fagundes mostrou que Mato Grosso “tem feito o dever de casa”, com alto nível de exportações e cumprindo a regra de “jamais exportar impostos”. Ele enfatizou que a Lei Kandir é clara: quando há produto exportado sem impostos o Governo Federal deve devolvê-los aos Estados e municípios. “Esse é um recurso extremamente importante para Estado e prefeituras pagarem salários e cumprirem compromissos de final de ano, principalmente no encerramento de mandato” – disse.
Com efeito, Wellington Fagundes reafirmou seu princípio político de ser oposição ao atual Governo do Estado: “Isso não quer dizer que eu seja oposição ao povo de Mato Grosso. Nosso trabalho aqui é de persistência, garantir aquilo que o Estado tem direito. E que o Governo possa cumprir o mínimo que a população exige, na questão da saúde, e no pagamento dos salários dos servidores, que trabalhou e tem direito de receber”, finalizou o senador.
Da Assessoria
FOTO: Augusto César / Ascom WF
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