Como resultado dos recentes terremotos na Venezuela, cuja epcicentro principal era de 12 quilômetros a noroeste de Valencia, deve-se notar que, na cidade de Caracas (e país) não existe, por parte do regime, uma política eficiente de gestão de risco frente a esse tipo de ameaças naturais. A probabilidade de um território ser afetado por esse tipo de ameaça dependerá de como abordar a vulnerabilidade de um ponto de vista integral, que, segundo Wilches-Chaux (2000), é uma condição dinâmica em que existe certo grau de fragilidade. , deficiência ou restrição que permanecem ao longo do tempo como fatores que afetam a maior ou menor capacidade de resposta e suporte a situações adversas.Com base no exposto acima, a vulnerabilidade em Caracas às ameaças de terremotos é composta por aspectos que, em um longo período de tempo, afetam a capacidade da comunidade de responder a eventos e torná-los suscetíveis a danos futuros. Entre os aspectos, podemos destacar: as dimensões física, econômica, educacional, política, institucional e ambiental que devem ser executadas como uma política de Estado, com uma visão abrangente para enfrentar o risco de ameaças naturais de terremotos.
Ela tem uma dimensão física nos sectores da cidade propensas a danos e em que há elementos com baixa resistência ou terremoto-resistente (exemplo; paróquias Antímano, Sucre, Pr ou La Vega); situação econômica devido ao desemprego, renda insuficiente e incapacidade de acesso aos serviços públicos sofridos pela grande maioria de Caracas e venezuelanos. Quanto maior a pobreza, maior a vulnerabilidade aos eventos sísmicos. Também no nível de Educação, uma vez que atualmente não há aplicação de programas nas diferentes paróquias da cidade onde as causas, efeitos e razões por que esses tipos de ameaças são apresentados e como agir individual e coletivamente antes de um eventual evento sísmico na cidade; do ponto de vista institucional,
Para tanto, Vente Caracas, por meio do Conselho de Gestão Pública, vem formulando uma série de medidas e ferramentas voltadas à intervenção de vulnerabilidade às ameaças sísmicas, a fim de reduzir ou mitigar os riscos existentes. Isso visa articular os tipos de intervenção da prevenção e mitigação, sem abandonar a intervenção antes dos desastres.
Entre as orientações e medidas propostas no curto e médio prazo, incluindo ações que exigem a saída do regime deve: identificar áreas vulneráveis a nível local com a ajuda de comunidades das paróquias de Caracas; estabelecer um programa de incentivo para a realocação de pessoas que vivem em casas improvisadas construídas em áreas vulneráveis, reforço e / ou reabilitação de edifícios construídos até a década de 1960; realocação, reforço e / ou reabilitação de áreas centrais informais; realocação de áreas informais heterogêneas sem acessibilidade, que estão em condições precárias; criação de grupos de trabalho com o objetivo de informar a população das paróquias sobre a situação atual de seu meio ambiente; preparação de possíveis planos de evacuação, elaboração de planos para melhoria de equipamentos e serviços; promover a educação cidadã e a segurança ambiental; vincular instituições públicas a empresas privadas e universidades e centros de pesquisa, a fim de treinar a população de Caracas durante e após uma eventual ameaça natural; entre outros aspectos.
Carlos Narváez
Contato: carlosnarvaez22@gmail.com
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