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quinta-feira, 28 de março de 2019

"Deputados questionam acordos do governo com os Estados Unidos"

Audiência pública sobre prioridades para a Política Externa Brasileira em 2019 e as perspectivas de atuação futura do Ministério das Relações Exteriores; Política Comercial Brasileira com o exterior; prioridades do MRE para o ano de 2019; e a situação das relações comercias e diplomáticas com China, Cuba, Países Árabes, EUA e Europa e a defesa dos interesses nacionais
Os resultados da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos foram o principal ponto da discussão dos deputados da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, nesta quarta-feira (27).
Ernesto Araújo disse que o Brasil vai deixar de pedir tratamento preferencial na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas que terá uma participação muito mais ativa na reforma do organismo.

Deputados da oposição disseram que a contrapartida oferecida pelos Estados Unidos, de apoio à entrada do Brasil na OCDE, um grupo de países desenvolvidos; não tem significado prático. E que o Brasil também cedeu na concessão de vistos e na exportação de trigo.
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) citou o fim da necessidade de vistos para turistas americanos, canadenses, japoneses e australianos; sendo que os brasileiros continuarão tendo que pedir vistos para entrar nesses países.
"O que nós ganharemos, pode alguém argumentar, serão mais turistas. Mas se fosse esse o critério, o Ministério das Relações Exteriores deveria ter aberto mão também de visto para chineses e indianos, já que as classes médias desses países têm enorme potencial aquisitivo e também de turismo", argumentou Molon.
Ernesto Araújo disse ainda que defende um mundo multipolar, ou seja, com vários protagonistas; mas explicou que governos anteriores recusaram acordos com os Estados Unidos por motivos ideológicos.
"Eu acho que existe uma diferença realmente ideológica em muitas pessoas que têm essas percepções de que tudo que é feito com os Estados Unidos é entreguismo. Tudo que é feito com a China é simplesmente parte da realidade, algo praticamente obrigatório", ponderou.
CIA
Também o presidente da comissão, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), defendeu a viagem aos Estados Unidos e respondeu sobre a visita do pai à CIA, a agência de inteligência americana.

"Tratou-se de uma visita a uma agência de informação assim com se algum presidente tivesse vindo ao Brasil e tivesse conhecido a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Nada demais, tranquilo. É uma das maiores agências de inteligência do mundo junto com a KGB".
Israel
Outro exemplo de tratamento injusto, na opinião de Ernesto Araújo, seria o dispensado a Israel. Para o ministro, está superada a visão de que os países árabes têm problemas com Israel. Eles estariam mais preocupados com o Irã. O ministro voltou a dizer que o país vai buscar parceiros que tenham os mesmos valores que os do Brasil e não apenas interesses materiais.

O deputado Helio Lopes (PSL-RJ) concordou com a mudança de orientação da política externa brasileira. "Antigamente tinha aproximação com Cuba e Venezuela, as quais o Brasil dava um cheque em branco através do BNDES para alimentar a corrupção. Não tivemos retorno desse dinheiro e nem vamos ter”.
Israel e Estados Unidos, segundo o deputado, são países que defendem a família e a democracia. “Fico feliz com essa aproximação”.
Golpe de 64
Um dos momentos mais tensos ocorreu quando o ministro disse que não acredita que houve golpe militar em 1964. "Porque não considero um golpe, considero que foi um movimento necessário para que o Brasil não se tornasse uma ditadura. Não tenho a menor dúvida disso. Essa é a minha leitura da história”, afirmou.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) chegou a interromper o ministro com indignação. “Não teve ditadura no Brasil, então?”, indagou.
Venezuela
Ernesto Araújo voltou a dizer que o Brasil vai buscar soluções políticas e diplomáticas para a situação da Venezuela.

Aborto
A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) questionou o ministro sobre o porquê de o governo brasileiro ter se posicionado contra menções ao direito ao acesso universal a serviços de saúde reprodutiva e sexual presentes em um documento elaborado por uma conferência da Organização das Nações Unidas(ONU).

O chanceler disse que o Brasil se opôs ao documento por acreditar que, no texto, há um "contrabando" relacionado à promoção do aborto. Para a deputada, outros serviços serão prejudicados por esse posicionamento.
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Geórgia Moraes

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