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quarta-feira, 10 de abril de 2019

"Após criticar ministro, presidente da Apex é exonerado"

Mario Vilalva Mario Vilalva acusou Ernesto Araújo de ser desleal ao mudar estatuto da agência para dar poderes a aliados. Depois de demissão, diplomata diz que se recusou a participar de "esquema imoral". O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, exonerou nesta terça-feira (09/04) o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), o embaixador Mario Vilalva. A demissão ocorreu um dia após o diplomata ter criticado o chanceler por mudanças feitas no estatuto do órgão. O anúncio da demissão foi feito por meio de um comunicado divulgado pelo Itamaraty. Araújo alegou que a exoneração faz parte de "processo de dinamização e modernização" da Apex. "O Ministro das Relações Exteriores agradece a colaboração que o embaixador Mario Vilalva prestou à frente daquela agência nos meses iniciais da atual gestão", finaliza o comunicado.
Vilalva criticou o chanceler na segunda-feira depois de descobrir que o ministro fez uma mudança no estatuto da Apex sem tê-lo informado previamente. A alteração foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. Com a manobra, Araújo retirou poderes da presidência da agência e as passou para dois aliados dentro do órgão, os diretores Márcio Coimbra e Letícia Catelani.
​"O documento foi feito na calada da noite, e faltou lealdade ao ministro. O mais grave foi o fato de que as mudanças foram feitas sem o presidente da Apex saber e que elas foram escondidas em documento guardado em cartório, o que demonstra jogada ardilosa e de má-fé", disse Vilalva ao jornal Folha de S. Paulo.
Assinada em 15 de março, Vilalva só descobriu a alteração no estatuto da agência vinculada ao Itamaraty ao ser procurado pelo jornal na segunda-feira. Com a mudança, Araújo deu poderes aos seus aliados, Coimbra e Catelani, para convocar reuniões da diretoria-executiva à revelia da presidência da Apex e vinculou a contratação e dispensa de pessoal a aceitação de um dos dois, além de proibir a demissão de ambos os diretores.
"O que está acontecendo aqui é que as pessoas estão trabalhando em agendas pessoais, e com isso não estão preocupadas em fazer com que o trabalho da agência corra normalmente, como sempre aconteceu", afirmou Vilalva, que é embaixador de longa carreira no Itamaraty. O diplomata disse ainda que Coimbra e Catelani são "despreparados, inexperientes, inconsequentes e irresponsáveis".
Recusa a participar de suposto esquema
O embate entre o embaixador e os aliados de Araújo teria causado uma paralisação administrativa na agência. Segundo a imprensa, Vilalva teria se recusado a nomear funcionários sem qualificação para os postos, que teriam sido indicados pelos diretores, e questionado a assinatura de contratos.
"Comecei a receber pressão do próprio Ernesto Araújo e do Otávio Brandelli [secretário-geral do Itamaraty]. Os dois me falaram para deixar os dois diretores fazerem o que quiserem. Desse tipo de esquema, eu não participo. E, à medida que eu neguei, tentaram me constranger", disse Vilalva ao Blog do Camarotti.
Depois das críticas, começou a circular nos bastidores do governo a possibilidade de exoneração de Vilalva, que tem mais de 40 anos de carreira diplomática. Ao portal G1, o diplomata afirmou que não pretendia se demitir.
Após o anúncio da demissão, o diplomata disse que recebeu a exoneração com um misto de alívio e frustração. "Eu já estava resistindo desde que cheguei à Apex e notei que não havia sido contratado para cuidar de comércio exterior. Fui contratado para cuidar de uma determinada pessoa que tem lá dentro e eu me recusei a participar de um esquema que achava absolutamente imoral", afirmou Vilalva ao portal UOL.
Essa é a segunda vez que Araújo troca o comando da Apex. O primeiro indicado para a presidência da agência, Alecxandro Carreiro, foi demitido em 9 de janeiro depois de ter se desentendido com Catelani , que foi secretária-geral do PSL e é entusiasta das ideias de Olavo de Carvalho. Carreiro havia sido indicado ao cargo por Flávio Bolsonaro, filho do presidente, e por deputados do PSL.
Além de promover produtos e serviços brasileiros no exterior, a Apex busca também atrair investimentos estrangeiros para o país. O Itamaraty ainda não anunciou o nome do sucessor de Vilalva, que já foi embaixador do Brasil na Alemanha.
CN/abr/ots/cp

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