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segunda-feira, 8 de abril de 2019

"Bolsonaro demite ministro em meio à crise na educação"

Brasiliens Minister für Bildung Ricardo Vélez Rodriguez (Marcelo Cassal Jr. /Abr)Sob pressão, presidente afasta Ricardo Vélez Rodríguez da chefia da pasta, após três meses de uma gestão marcada por polêmicas e paralisia. Substituto é o economista Abraham Weintraub. O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (08/04), pelo Twitter, a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez como ministro da Educação. A pasta vive uma crise desde o início do governo. O substituto será Abraham Weintraub, que, segundo Bolsonaro, é professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. "Aproveito para agradecer ao professor Vélez pelos serviços prestados", escreveu o presidente. Bolsonaro afirmou que a demissão de Vélez não foi ocasionada por problemas de gestão. "Lamentavelmente o ministro não tinha essa expertise [de gestão] com ele. E aí foi acumulando uma série de problemas", afirmou o presidente em entrevista à emissora de rádio Jovem Pan. O mandatário acrescentou que o novo indicado para a pasta segue sua linha.
Graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Weintraub é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos.
Segundo o jornal O Globo, o indicado para ministro da Educação já defendeu combater o "marxismo cultural nas universidades" e foi justamente o perfil ideológico dele que fez com que o presidente Jair Bolsonaro o confirmasse para o cargo.
De acordo com a imprensa, durante a Cúpula Conservadora das Américas, encontro realizado no ano passado, Weintraub chegou a defender a adaptação das teorias do ideólogo Olavo de Carvalho para combater a esquerda. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o novo ministro foi indicado pelo próprio Olavo de Carvalho, que exigiu ainda a readmissão de seus alunos que foram exonerados da pasta por Vélez.
Weintraub é o atual secretário-executivo da Casa Civil e mantém proximidade com o ministro Onyx Lorenzoni.
A demissão de Vélez era questão de tempo. Na semana passada, sua defesa do golpe militar de 1964 acirrou ainda mais a crise que paralisa a pasta e que opõe olavistas e militares no centro do governo Bolsonaro.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico na quarta-feira (03/04), o ministro ecoou declarações do próprio presidente de que não houve golpe de Estado há 55 anos e afirmou que a ditadura que se seguiu à tomada do poder pelos militares foi um "regime democrático de força".
Vélez disse ainda que, para que as crianças possam ter uma "ideia verídica do que foi a sua história", seu ministério realizaria "mudanças progressivas" nos livros didáticos para alterar a maneira como o golpe e ditadura militar são retratados nas escolas brasileiras.
O jornal Folha de S. Paulo publicou que, "numa ironia", as declarações do ministro irritaram a cúpula militar brasileira, que pediu a saída dele do cargo. Segundo a reportagem, na visão de integrantes da ativa e do núcleo militar do governo Bolsonaro, a fala de Vélez era apenas uma tentativa do ministro de se manter no cargo.
A principal evidência do enfraquecimento do ministro foi a onda de demissões no alto escalão da pasta, que fez novas vítimas na quinta-feira passada, com o afastamento de dois de seus indicados.
A Casa Civil divulgou a exoneração do assessor especial de Vélez, Bruno Meirelles Garschagen, e da chefe de gabinete, Josie de Jesus. As demissões foram assinadas pelo chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Garschagen era um dos principais assessores de Vélez, responsável pela comunicação e contato com a imprensa. Jornalista e ligado a Olavo de Carvalho, espécie de guru do bolsonarismo, ele é autor do livro Pare de acreditar no governo, de 2015.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo, Garschagen teria participado da decisão de pedir às escolas brasileiras que filmassem seus alunos cantando o Hino Nacional e lendo uma carta escrita pelo ministro, que terminava com o slogan da campanha de Bolsonaro, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". O ex-assessor nega participação.
Desde que Vélez assumiu o MEC em 1º de janeiro, pelo menos 14 funcionários foram dispensados de importantes cargos na pasta, em meio a uma queda de braço entre militares e seguidores do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho para ver quem toma as rédeas do ministério.
Enquanto isso, questões centrais de um dos setores com necessidades mais urgentes do Brasil deixam de ser discutidas. Uma verdadeira paralisia toma conta do MEC e já vem tendo impactos em diferentes áreas da educação.
A nomeação de Marcos de Araújo para a chefia de gabinete já representou mais uma vitória para os militares nesse embate. Na semana passada, o tenente-brigadeiro Ricardo Machado Vieira havia sido nomeado secretário-executivo, o "número dois" da pasta.
O grupo vinculado às Forças Armadas entendia que Vélez era refém do campo ideológico, o que impedia o avanço de projetos desenhados antes de sua nomeação. Além disso, a imagem do ministro sofreu um desgaste contínuo em meio à série de polêmicas, o que despertou críticas até mesmo de políticos da base do governo.
O processo de desgaste culminou em sua participação em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na semana passada. Vélez foi duramente criticado por parlamentares, pela superficialidade das ideias apresentadas e a falta de clareza na apresentação de programas da pasta. Em conversa com a imprensa na sexta, Bolsonaro, então, admitiu a poderia demitir o ministro.
Segundo o jornal O Globo, Weintraub deverá readmitir na pasta os seguidores de Olavo de Carvalho que foram demitidos por Vélez e exonerar os militares indicados por seu antecessor, incluindo Machado Vieira.
RPR/CN/ots/cp

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