
Pelo acordo, Sara se comprometeu a devolver cerca de 12,4 mil dólares (48 mil reais) e pagar uma multa de 2,7 mil dólares (10,5 mil reais). Desta forma, a esposa do premiê evitou as acusações de fraude e abuso de confiança, e só será condenada por crimes menores após admitir ter tirado vantagem de uma falha de contabilidade.
Segundo a acusação formulada em junho de 2018, Sara encomendou entre 2010 e 2013 centenas de refeições de luxo para si própria, membros da sua família e convidados, pagas com dinheiro dos contribuintes. Ao longo do julgamento, a esposa do primeiro-ministro negou qualquer irregularidade e chegou a negar que houvesse um cozinheiro na residência oficial.
A defesa de Sara classificou a sentença de "uma punição severa e dolorosa", enquanto o procurador Erez Padan disse que, nos acordos de culpabilidade, se fazem "concessões difíceis", informou o portal de notícias Ynet.
Essa não foi a primeira condenação de Sara. Em 2016, ela foi condenada a pagar uma indenização a um funcionário que a acusou de maus-tratos. Ela enfrenta ainda um processo por abuso e assédio movido por outro funcionário.
Além de sua esposa, o primeiro-ministro enfrenta acusações de abuso de confiança, fraude e suborno em três processos. Recentemente, Netanyahu conseguiu que a audiência fosse adiada de julho para outubro, após a realização das eleições israelenses, previstas para o próximo dia 17 de setembro.
O premiê é acusado de receber presentes generosos de amigos bilionários e de prometer uma legislação vantajosa a um grande jornal em troca de uma cobertura favorável. Netanyahu nega as acusações e alega ser vítima de uma perseguição orquestrada pela imprensa para tirá-lo do poder.
CN/efe/lusa/afp/rtr/cp
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