
O Brasil precisa de mais instituições atuantes e de menos arreglos e casuísmos. Devemos ter um estado de direito em que as regras sejam cumpridas para contrabalançar os excessos dos poderes. Historicamente, o Brasil sempre viveu sob a hegemonia do Executivo. A Constituição de 1988, com suas virtudes e defeitos, deu ao Legislativo e ao Judiciário um maior protagonismo. Contudo, apenas neste século as franquias estabelecidas começaram a funcionar com mais vigor.Desde o mensalão, o Judiciário passou a ter mais força, fruto da judicialização da política e de um desmedido e indesejável ativismo. Tal postura, sob os holofotes da imprensa, foi robustecido pela também perigosa midiatização da Justiça, que transforma a vida de investigados em enredo de reality shows. Sem direito a defesa.
Um tanto atrasado, o Legislativo também buscou protagonismo e, pouco a pouco, impôs novas regras no relacionamento com o Executivo. Limitou a edição de MPs e tornou impositiva a execução das emendas ao Orçamento, por exemplo. Outras virão. Está em curso um conflito institucional que ainda longe de acabar. São tempos de institucionalismo de coalizão. Nada de mais, desde que aprovem as reformas que o Brasil precisa.
Justo quando mais precisamos surgem campanhas de desmoralização contra instituições imprescindíveis
Murilo Aragão
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