O anúncio de que cinco municípios de Mato Grosso serão contemplados com recursos federais, oriundos do Programa Investe Turismo traz um novo ânimo para o setor que, mesmo com todo o potencial econômico, que pode se reverter em recursos para o Estado, sofre com a falta de investimentos. Entre as cidades mato-grossenses contempladas pelo programa, desenvolvido conjuntamente pelo Ministério do Turismo, o Sebrae e a Embratur, está Poconé, a porta de entrada do Pantanal. A ideia do projeto é fazer chegar ao município um pacote de ações de investimentos, que incluem o acesso a crédito, incentivo para que novos negócios sejam abertos, além de um trabalho de marketing e capacitação para a melhoria dos serviços prestados. Poconé foi escolhida porque faz parte das rotas turísticas mais procuradas pelos viajantes, o que comprova o potencial econômico que o nosso Pantanal possui e, hoje, é mal aproveitado.
Além – é claro – das atrações, um dos motivos que levam os turistas a terem uma boa impressão da região visitada é a qualidade do atendimento e a infraestrutura da cidade. Por isso, uma parte considerável dos recursos destinados a Mato Grosso, que somam R$ 1,9 milhão, serão empregados na capacitação. A qualificação ocorrerá não apenas com as empresas que existem nestas cidades, mas também com os gestores, que precisam entender o quanto é possível ganhar com um turismo que funcione.
Um ponto interessante do projeto, que faz parte do Plano Nacional de Turismo 2018/2022 é que as regiões contempladas farão parte do Mapa do Turismo Inteligente, que será feito com a identificação de políticas inovadoras para a área, desenvolvidas por gestores e instituições públicas, em todo o país. Trata-se de mais uma importante iniciativa para que seja possível “vender” nossas belezas, únicas, aos turistas e viajantes internacionais.
Se tudo der certo, Poconé poderá ter melhorada e ampliada sua oferta de internet, investidores plenamente capacitados a realizarem negócios voltados ao turismo, além do conhecimento de toda a roa turística e seus diferenciais, por meio de seminários e capacitações que serão feitas. Em outras palavras, Poconé estará melhor estruturada para ampliar seu turismo.
Em um recente artigo, lamentei o abandono da cidade de Poconé que, mesmo com tamanho potencial, sofre com a falta de serviços básicos e da infraestrutura mais simples. Tais problemas não serão nem minimizados nem tampouco resolvidos com estes recursos, até porque este não é o objetivo do programa, mas quem sabe podem estimular o Poder Público a dar mais condições para que a população viva melhor e que os visitantes tenham ótimas recordações para levar e bons motivos para retornarem à cidade.
Fábio de Oliveira é advogado, contador e mestre em ciências contábeis
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