
Mas não é apenas por este papel, pelos relevantes serviços prestados ao país, que a PEC não pode prosperar. A OAB tem a importante missão de assegurar e fiscalizar o exercício profissional, garantindo a todo e qualquer cidadão, o melhor serviço, na defesa de seus interesses. Do mesmo modo, a entidade trabalha pelos advogados, os protegendo, de forma a impedir que a crise econômica que assola o Brasil atinja também estes profissionais.
Outro importante aspecto da atuação da Ordem é a busca, cada vez mais, da excelência na prestação de serviços à sociedade, por meio de seu exame. É absolutamente falacioso qualquer argumento no sentido de se dizer que a instituição, com esta obrigação, cria uma reserva de mercado, simplesmente porque não há limite para o número de bacharéis aprovados.
Notem que para implodir com uma entidade que atua como um agente de proteção ao cidadão, individual ou coletivamente, frente à força desproporcional do Estado ou de grupos detentores do poder, é necessária a aprovação de uma PEC. Isso porque a OAB está, legitimamente, inserida na Constituição Federal, a nossa constituição cidadã, cujos direitos individuais precisam ainda ser garantidos, 30 anos após a sua promulgação.
Por isso, somos totalmente contrários a qualquer tentativa de desmonte, a qualquer manobra que vise calar a OAB, que vise calar a advocacia, e temos a confiança que o Congresso Nacional, deputados e senadores, representantes eleitos pelo povo, rejeitará esta tentativa de enfraquecimento da sociedade como um todo. Enfrentamos a ditadura, lutamos por democracia, buscamos incessantemente que nossas vozes fossem ouvidas e seguiremos assim, porque jamais calarão a advocacia brasileira.
Calar a advocacia é calar o cidadão.
Leonardo Campos é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT)
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