Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA

PROGRAMA ADILSON COSTA com RÉGIS OLIVEIRA
na Rádio Cuiabana FM 106.5 de Segunda a Sexta das 16hs ás 17hs e nas plataformas digitais.

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

"A GUERRA FOI DECLARADA: Moro pede que PGR investigue presidente da OAB"

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio MoroMinistro acusa dirigente de calúnia, injúria e difamação por tê-lo chamado de "chefe de quadrilha" em entrevista. Santa Cruz defende que comentário foi crítica "jurídica e institucional" e não imputa crime a Moro.O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, enviou nesta quinta-feira (08/08) uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo investigação por suposta calúnia contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada em 26 de julho, Santa Cruz disse que Moro "usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que são investigadas". No comentário, o presidente da OAB se referia ao caso das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
No dia anterior, 25 de julho, a Folha havia noticiado que Moro telefonou para autoridades que teriam sido alvo de hackers presos e avisou que as mensagens delas seriam destruídas. Depois, o ministro negou ter a intenção de destruir as mensagens.
Também nesta quinta-feira, o presidente da OAB afirmou que não quis ofender Moro. "Minha afirmação não teve, em qualquer momento, a motivação de ofender a honra do ministro Sergio Moro. Ao contrário, a crítica feita foi jurídica e institucional, por meio de uma analogia e não imputando qualquer crime ao ministro", disse Santa Cruz.
O presidente da OAB diz já ter reconhecido "que a analogia utilizada estava acima do tom que costumo usar, mesmo considerando os sistemáticos atentados contra preceitos do Estado democrático de direito que deram base à declaração".
Nos ofícios enviados à PGR, Moro afirma que Santa Cruz fez declarações que podem caracterizar crimes contra sua honra e pede que as condutas "sejam apuradas e promovida a responsabilização criminal cabível".
Ele argumenta que "atribuir falsamente ao ministro da Justiça e Segurança Pública a condição de chefe de quadrilha configura em tese o crime de calúnia do art. 138 do Código Penal".
"O comentário repercutiu na esfera subjetiva deste subscritor, em seu sentimento e sendo de dignidade e decoro, visto que também sugere uma conduta arbitrária no exercício das relevantes funções de ministro de Estado e Segurança Pública, de ingerência e interferência na Polícia Federal (PF), acarretando também a tipificação nos crimes de injúria e difamação", escreveu Moro.
O pedido de investigação de Moro faz aumentar a pressão do governo contra o presidente da OAB.
Há duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro atacou Santa Cruz quando falava sobre a atuação da OAB na investigação do caso de Adélio Bispo, autor do atentado à faca de que foi alvo. Bolsonaro chegou a dizer que, se Santa Cruz quisesse, ele contaria como seu pai, um militante de esquerda, foi morto durante a ditadura. A fala gerou indignação.
Nesta terça-feira, a Petrobras rompeu um contrato com o escritório de advocacia do presidente da OAB.
Ainda que o ofício tenha sido encaminhado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ele foi repassado à primeira instância, à Procuradoria da República no Distrito Federal, já que Santa Cruz, que é o alvo da ação, não tem foro especial.
MD/ebc/ots/cp

Nenhum comentário:

Postar um comentário