
Kalbitz confirmou, assim, uma revelação feita nesta sexta-feira pela revista Der Spiegel, mas alegou que estivera na passeata apenas "por curiosidade".
O periódico publicou um relatório policial segundo o qual Kalbitz se hospedou em Atenas em janeiro de 2007 no mesmo hotel em que estavam também 13 extremistas de direita, incluindo lideranças do NPD. Na ocasião, foi pendurada na sacada do hotel uma bandeira com uma suástica.
No início da semana, a emissora pública RBB informou que o político, de 46 anos, participou de um acampamento organizado em 1993 pelo grupo de jovens neonazistas HJ. Kalbitz já havia admitido ter participado de um acampamento organizado em 2007 pela HDJ, organização sucessora daquele grupo, mas minimizou este e outros laços com grupos extremistas, insistindo que respeita a Constituição alemã.
Kalbitz está na frente nas pesquisas de intenção de voto em Brandemburgo – empatado tecnicamente com o Partido Social-Democrata (SPD) – e tem chances de levar a AfD a formar a maior bancada parlamentar do estado na eleição regional neste domingo.
Outro pleito regional ocorre no mesmo dia na Saxônia, também no leste da Alemanha. Neste estado, a AfD se encontra em segundo lugar nas pesquisas, atrás da conservadora União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal alemã, Angela Merkel.
O ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, criticou Kalbitz, e apelou para que os eleitores de Brandemburgo não deem seu voto ao candidato da AfD. "Quem se cerca com neonazistas e marcha com radicais de direita no exterior avilta os valores de nossa democracia", escreveu Scholz no Twitter.
MD/ap/dpa/cp
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