
O discurso do parlamentar cuiabano foi engrossado pelo vereador Fábio Tardin (DEM), presidente do Legislativo de Várzea Grande. “O VLT é o maior pesadelo de Várzea Grande, pois tem ceifado vidas, prejudicado empresários, e ainda atrapalhado, de certa forma, a trafegabilidade da nossa principal avenida. Os trilhos estão praticamente prontos, o VLT já chegou a andar na nossa cidade, falta pouco, então não podemos mudar de modal a esta altura e enterrar os milhões que já foram investidos”, enfatizou.
Assim como Misael, o parlamentar da cidade industrial também defende que seja aberto um canal de negociação por parte do Governo do Estado para tratar do assunto. “Juntos nós encontraremos uma saída” acrescentou.
O deputado federal Emanuelzinho (PTB), que se fez presente na audiência pública, foi mais além e sugeriu que o governador Mauro Mendes (DEM) crie uma Comissão Especial Técnica para discutir e apresentar a população todos os dados e números do VLT.
O parlamentar acredita que, a partir daí, poderá se buscar meio de desemperrar a obra. “O VLT na verdade é uma caixa preta, que ninguém sabe o que aconteceu de verdade. A nossa primeira sugestão é que o governador monte uma Comissão para discutir e apresentar para a sociedade, de forma clara e transparente, todos os dados e números do VLT: o que já foi gatos, quanto falta para conclusão, os empecilhos jurídicos, a questão da tarifa, que preocupa muita gente, enfim, todas as informações. Isso colocará luz nas sombras do VLT e poderá ser o ponto de partida para resolver essa situação, pois nós da bancada federal estamos pronto para somar”, disse.
O ex-gerente do Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande, Fernando Orsini acredita que o novo modal de transporte poderá ajudar na trafegabilidade das duas cidades. “O VLT é para tirar os carros das ruas, descongestionar o trânsito. Temos muito carros. Se cada VLT cabe 400 pessoas, estaremos tirando 400 carros”, disse.
Um ponto que foi bastante abordado durante a audiência foi referente ao valor da tarifa, caso a obra seja concluída e passa a atender a população.
Para o técnico em transporte Givaldo Campos, se os Poderes atuarem em conjunto, o valor da tarifa será acessível para todos. “Não há que se falar em subsídio, isso é falácia. O que defendemos é a desoneração da tarifa. O Estado, a União e os Municípios têm que se comprometer a tirar todos os impostos que incidem sobre a tarifa, que varia, de 30% a 40%, e essa isenção deve ser passada para o usuário. Simples”, pontuou.
A audiência culminou na decisão de solicitar uma audiência com o governador Mauro Mendes para deliberar sobre a retomada das obras. “O VLT é de competência do Estado, o que fizemos hoje e estamos fazendo é instigando o debate e pedindo uma solução”, disse Misael Galvão.
O debate aconteceu no plenário do Parlamento Cuiabano e contou com a presença dos vereadores cuiabanos Abílio Junior (PSC), Adevair Cabral (PSDB) e Marcelo Bussiki (PSB), os várzea-grandenses Rodrigo França (PV), Chico Curvo (PSD), Carlos Garcia (PSB), Nemi Chimarrão (PTC), Isaias Gonçalves (DEM), Drº Miguel (PSDB) e Rodrigo Coelho (PRB).
Representante a Prefeitura de Cuiabá se fez presente a Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Débora Marques. A deputada estadual Janaína Riva (MDB) e o deputado federal Drº Leonardo (Solidariedade) também mandaram representantes.
Kamila Arruda | Caminho Político
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