
O parlamentar reforça que a união do prefeito de Poxoréu, Nelson Paim (PDT), com deputados estaduais e federais, principalmente os da região de Rondonópolis, fez com que o caso Jarudore chegasse ao conhecimento do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Após agenda com o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília (DF), o deputado Delegado Claudinei participou ainda da reunião entre o ministro da AGU, André Luiz Mendonça, o prefeito de Poxoréu, Nelson Paim, o vereador Batata (PSB) e o morador Carlos Antônio do Carmo, conhecido por “Mineiro”. Na ocasião, o ministro ficou de ajudar nos trâmites para conseguir uma possível câmara de conciliação no TRF-1 entre a comunidade de Jarudore e a Fundação Nacional do Índio (Funai) de Brasília.
Entenda o caso - Desde o dia 20 de agosto, os 2,5 mil moradores que ocupam as áreas de 1.930 hectares deveriam ter se retirado e atendido o prazo de 45 dias, que venceu dia 5 de setembro. O pedido atendia a determinação judicial relativa à ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), para a reintegração de posse de terra pelos povos indígenas Bororo. Já as áreas com 1.730 hectares, o período determinado foi de 90 dias para a devida desocupação.
O Território Indígena de Jarudore possui uma extensão de 4.706 hectares, sendo que os moradores vivem e exploram atividades econômicas na região há mais de 70 anos. O Distrito de Jarudore foi reconhecido como terra indígena em 1912. No entanto, atualmente, menos de 20 índios da etnia Bororo vivem no local. O restante da área é ocupado por aproximadamente 1,3 mil pessoas, que vivem e exploram atividades econômicas na região.
Na época, os moradores chegaram a realizar um manifesto e reuniram a imprensa, políticos e representantes da sociedade civil organizada para compreenderem a realidade dos moradores que vivem há muitos anos no território indígena.
SANDRA LUCIA/Caminho Político
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