
Ataque cibernético
O general Guido Amin Naves, do Exército, destacou que, atualmente, um país soberano deve levar em conta a repercussão de suas ações num mundo cada vez mais globalizado. Ele lembrou que um ataque cibernético pode causar uma paralisia estratégica, inviabilizando ações de proteção a um país.
"O exercício da soberania hoje, mais do que antigamente, depende de um cálculo e esse cálculo tem que levar em consideração uma série de coisas, mas, principalmente, o poder que aquele Estado tem de tomar aquela decisão e fazer ela valer", disse.
Espaço aéreo e oceano
Já o representante da Aeronáutica, brigadeiro Sérgio de Almeida, afirmou que atualmente estão em andamento 18 projetos ligados à soberania que têm por objetivo garantir a segurança no espaço aéreo brasileiro, que é de 22 milhões de quilômetros quadrados.
O vice-almirante Eduardo Vazquez, da Marinha, por sua vez, destacou que as águas brasileiras são abundantes em minérios, terras raras e peixes e por isso a proteção está sendo intensificada, com a construção de navios e o desenvolvimento de tecnologias de proteção.
Diplomacia
O diretor do departamento de defesa do Ministério das Relações Exteriores, Alessandro Candeas, afirmou que, apesar de todos os Estados serem soberanos, é preciso reafirmar a soberania dentro e fora do país. Segundo ele, para isso é necessário ter diplomacia nas relações internacionais e garantir o trabalho das Forças Armadas na defesa do território nacional.
"A soberania só se garante pelo poder próprio. Cada país é, em última instância, responsável pela própria proteção dos seus interesses nacionais, dos seus interesses soberanos", disse Candeas.
Projeto nacional
Um dos autores do requerimento para a realização da audiência pública, o deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) afirmou que a soberania só é garantida com independência econômica, política, tecnológica e energética.
"O desafio que fica em relação à soberania é a exigência, é a urgência de um projeto nacional para que nós possamos aí sim debater, debater, debater e definir um projeto nacional que a partir da própria soberania defina os rumos do nosso país", observou.
Paulo Ramos disse ainda que somente um país soberano consegue transformar suas riquezas em bem-estar social, o que, na visão do deputado, atualmente não acontece no Brasil, com a exploração ilegal das riquezas naturais.
Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Roberto Seabra
Caminho Político
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