Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso
X SIMPÓSIO SOBRE DISLEXIA DE MATO GROSSO “TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO”

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

"Wellington cita o Araguaia e defende criação de novos cursos de medicina"

Senador de Mato Grosso destaca necessidade de flexibilizar portaria que impede criação de novos cursos pelo período de 5 anos. Membro da Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Senado, Wellington Fagundes (PL-MT) anunciou, nesta segunda-feira (23), em Plenário, que está trabalhando para que seja revista a Portaria nº 328, de 2018, do Ministério da Educação, que impede a criação de novos cursos de medicina no Brasil até 2023, e congela o número de vagas nos cursos existentes durante o mesmo período. Ele defendeu a flexibilização da medida. “Atos extremos tendem sempre a redundar em graves prejuízos para a sociedade – mais cedo ou mais tarde” – frisou o senador liberal. O parlamentar destacou, durante pronunciamento, que vai se reunir nesta quarta-feira, 25, com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para uma audiência sobre o tema.
Para Wellington, a medida, que atendeu uma demanda das entidades médicas, tem efeitos negativos para a comunidade. “Considero inadmissível comprometer o desenvolvimento de um país e o atendimento à população naquilo que é um direito humano fundamental, o direito à saúde. E a formação profissional também é essencial nesse processo” — afirmou.
Fagundes citou como “exemplo substancial”, a situação em que se encontra a região Araguaia, que compreende os estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Composta por 32 cidades e cerca de 480 mil habitantes, o Araguaia é a única região do Brasil que não conta com um curso de medicina.
O parlamentar destacou que a cidade de Barra do Garças, situada na divisa entre Mato Grosso e Goiás, reúne amplas condições educacionais para abrigar cursos de Medicina. O município conta com a Universidade Federal de Grosso, cujo campus oferta 16 cursos de graduação e 4 programas de mestrado, atendendo uma clientela superior a 3 mil e 200 estudantes; e também dois centros universitários, o Univar e o Unicathedral, com instalações modernas e bem amigos.
Além disso, Wellington Fagundes fez questão de destacar que Barra do Garças e suas instituições de ensino, preenchem todos os requisitos para tal, tanto no aspecto populacional, como na estrutura médico-hospitalar e ainda na média de avaliação dos cursos superiores.
“Precisamos debater a flexibilização desse ato e espero, sinceramente, encontrar no ministro Abraham Waintraub a necessária sensibilidade em prol da saúde, da vida e do desenvolvimento regional” – apelou, ao enfatizar a ausência de cursos de Medicina ajuda a explicar a carência de profissionais médicos nessa ampla região do país: “Muitos dos que lá chegam, são formados em outras universidades do país e acabam enfrentando enormes dificuldades para se adaptarem”.
CRISE NA SANTA CASA - A estruturação do Curso de Medicina em Rondonópolis, no Sudeste de Mato Grosso, também será discutida na audiência com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ele disse que pretende discutir a possibilidade de transformar a Santa Casa de Misericórdia em hospital de formação, promovendo uma gestão compartilhada com o SUS, e ampliando o seu aporte financeiro.
Wellington Fagundes relatou a difícil situação da unidade hospitalar, que, atualmente, acumula dívidas na ordem de R$ 24 milhões, e vive sob risco de fechar as portas. “Essa situação está a exigir uma solução definitiva para equacionar o seu funcionamento pleno” – destacou.
Atualmente, o Ministério da Educação e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSER), que é vinculada ao MEC, tratam da possibilidade de instituir programa de parceria entre universidades federais e hospitais filantrópicos e santas casas, de forma a garantir aulas práticas à acadêmicos dos cursos da de saúde, de instituições que não tenham hospitais universitários.
Da assessoria/Caminho Político

Nenhum comentário:

Postar um comentário