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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

"Jornalista pede ação dos clubes para prevenir violência sexual no esporte"

Em audiência na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, o repórter Breiller Pires, do jornal El País, alertou sobre a necessidade de ações de prevenção contra a violência sexual no esporte. O tema foi debatido pela comissão, por sugestão do deputado Roberto Alves (Republicanos-SP). Breiller Pires lembrou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) assinou em 2014, junto ao Congresso Nacional, um pacto que previa a realização de grandes campanhas para prevenir casos desse tipo no esporte, a exemplo do que foi feito no futebol da Inglaterra. Alguns pontos desse pacto não foram cumpridos pela CBF, um deles, a criação de uma cartilha sobre violência sexual no futebol brasileiro. Breiller investiga casos de abuso e violência sexual no futebol desde 2011. De lá para cá, ele conta ter apurado 150 casos do tipo em categorias de base e escolinhas. “Desde a Copa de 2014, são 118, e 18 somente neste ano. É uma média de 20 casos aproximadamente por ano, mas, no Brasil, apenas 7% dos casos de violência sexual são denunciados. Se fizermos uma projeção rasa desses casos, a gente ultrapassa a marca de mil episódios”, afirmou.
O recente boom de categorias de base para meninas é também motivo de preocupação para Breiller. Ele considera que os clubes ainda não estão preparados para proteger as atletas da violência.
Combate ao abuso
A promotora do Ministério Público do Rio Grande do Sul Denise Vilela dedica-se há 25 anos à causa de crianças vítimas de violência sexual. Ela destacou a importância do esporte para o desenvolvimento dos jovens e definiu o combate ao abuso como uma obrigação de toda a sociedade.
“Nós queremos exigir uma performance de primeira classe daquela criança que foi submetida ao abuso sexual? Nós vamos conseguir isso? Não. E isso é interesse dos clubes e de todos que lidam com criança e adolescente”, declarou.
A ouvidora da Federação Sul-Americana de Jiu-Jitsu, Luciana Neder, afirmou que há muitos casos de abuso praticados pelos treinadores contra crianças e mulheres. A maior parte na fase de iniciação da luta, o que atrapalha o desenvolvimento dos atletas dentro do jiu-jitsu.
“A gente acolhe, faz a escuta da mulher, da criança, da responsável, da mãe, do pai, a gente escuta, faz a acolhida e faz o aconselhamento. Mas enquanto o criminoso não for julgado e condenado, a gente não pode fazer nada. Nem afastá-lo do esporte”, declarou.
Assassinato
Em março de 2016, o corpo do menino Denilson Antônio Teixeira da Silva, de 13 anos, foi encontrado próximo a um riacho, em São Lourenço da Mata, região metropolitana do Recife (PE).
O jovem, que sonhava em ser jogador de futebol, foi abusado sexualmente e espancado até a morte. O principal suspeito é o professor da escolinha onde Denilson treinava.
A mãe do menino, Vânia Maria da Silva, esteve presente na audiência da Comissão do Esporte.
Ação parlamentar
Autor do requerimento da audiência, o deputado Roberto Alves ressaltou que o combate à violência e ao abuso sexual contra crianças e adolescente deve ser um esforço contínuo entre os parlamentares da Câmara. “A Comissão do Esporte vai para cima, porque lugar de bandido é na cadeia”, disse Alves.
Atualmente, está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 9622/18), de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), que permite o patrocínio de bancos públicos somente a times de futebol e outras associações esportivas que assinarem um compromisso de adoção de medidas para a proteção de crianças e adolescentes a todas as formas de violência sexual.
A proposta já foi aprovada pela Comissão do Esporte e segue em análise na Comissão de Seguridade Social e Família.
Reportagem – Naum Giló
Edição – Pierre Triboli
Caminho Político

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