
Até hoje Marília faz tratamento do linfedema, que ocorre em mulheres que tiveram os nódulos linfáticos removidos durante a cirurgia ou que receberam radioterapia na área dos nódulos linfáticos. Aproximadamente, uma em cada cinco mulheres com câncer de mama terá linfedema.
Alguns sintomas, explicou o médico, podem ser percebidos facilmente pela mulher, em casa mesmo, como nódulo único endurecido, abaulamento de uma parte da mama, inchaço e vermelhidão da pele. Também pode ocorrer inversão do mamilo e sensação de massa ou nódulo em uma das mamas.
“Após observar algumas dessas características, é recomendada a realização da mamografia, que em alguns casos poderá ser complementada por ultrassonografia ou ressonância magnética de mamas. O diagnóstico é confirmado a partir de biópsias da lesão”, explicou o médico.
“Observe o bico do peito; superfície; o contorno das mamas. Levantar os braços, observando se os movimentos alteram o contorno das mamas”, orientou.
A mulher ainda pode ficar deitada e, com a mão esquerda, apalpar a mama direita, fazendo movimentos circulares, observando se há alguma anormalidade, repetindo esses exercícios no lado direito também.
Sobre as formas de se prevenir contra a doença, o médico orienta a realização de exames clínicos anuais das mamas por um profissional de saúde, mamografia anual ou bianual a partir dos 40 anos. Para pacientes com história familiar positiva de câncer, o rastreamento deve ser feito de forma precoce.
A idade é um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento da doença. Além disso, existem outros fatores ambientais e comportamentais, como obesidade e sobrepeso após menopausa, sedentarismo (falta de exercícios), consumo de bebidas alcoólicas e exposição frequente a radiações ionizantes, que facilitam o surgimento da enfermidade”.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células mamárias, que se multiplicam formando o tumor. A cada 100 casos, 99 são do sexo feminino e apenas 1 do sexo masculino.
Outubro Rosa
A campanha internacional Outubro Rosa, criada na década de 1990 pela fundação Susan G. Komen for the Cure, nos Estados Unidos, tem como objetivo a prevenção e conscientização da população sobre o câncer de mama. Em 2002 chegou ao Brasil, sendo realizada em todos os estados brasileiros.
Em Mato Grosso, segundo dados divulgados pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado e Saúde (SES-MT), em 2019 foram registradas 102 mortes em decorrência da doença. De janeiro a outubro (dia 04) deste ano, foram diagnosticados 121 novos casos, que posteriormente deram início ao tratamento.
Ainda segundo a SES, no período de janeiro a junho de 2019, foram realizados 8.386 exames de mamografia, sendo destes, 4.958 na Grande Cuiabá e os demais na região do rio Teles Pires.
Sandra Carvalho/Caminho Político
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