
O jornal mostrou que Haissander Souza de Paula, assessor parlamentar de Álvaro Antônio à época e coordenador de sua campanha a deputado federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em seu depoimento à PF que “acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.
A PF reuniu, além da planilha mostrada pela Folha e de um depoimento também noticiado pelo jornal, outros indícios de recursos não contabilizados na campanha de Álvaro Antônio. Segundo a reportagem, os casos estão nos autos e foram enviados para o Ministério Público, que é quem vai decidir se abre a nova apuração.
O promotor Fernando Ferreira Abreu já confirmou que haverá novas investigações, mas não deu detalhes.
Álvaro Antônio foi indiciado e denunciado na semana passada, ao lado de outras dez pessoas, sob acusação dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.
O ministro Sergio Moro (Justiça), a quem a Polícia Federal está subordinada, defendeu Bolsonaro neste domingo, em suas redes sociais, apesar de as investigações estarem sob sigilo: “Jair Bolsonaro fez a campanha presidencial mais barata da história. Manchete da Folha de S.Paulo de hoje não reflete a realidade. Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR [presidente da República] neste inquérito de Minas. Estes são os fatos”, disse.
Folha/Caminho Político/RFT
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