
Stone, que trabalhou até agosto de 2015 na pré-campanha de Trump e depois manteve contato regular com o então candidato, negou irregularidades e alegou que o processo contra ele era político. Durante o julgamento, ele silenciou e seus advogados não convocaram testemunhas de defesa. O aliado do presidente chegou a ser preso em janeiro, mas foi solto pouco tempo depois. Ele poderá aguardar em liberdade o julgamento que determinará a sentença.
Segundo a promotoria, Stone atuou como uma ponte entre a campanha de Trump e a plataforma Wikileaks, que divulgou e-mails roubados do Partido Democrata, que prejudicariam a candidata Hilary Clinton, semanas antes das eleições. A investigação de Mueller revelou que Stone tinha contato com a plataforma na época do ataque ao servidor dos democratas em 2016.
A promotoria acusou Stone de mentir em cinco ocasiões ao Congresso sobre suas conversas com o Wikileaks. Ele também teria manipulado uma testemunha convocada pelos parlamentares para falar sobre o caso.
No julgamento, entre as testemunhas de acusação estava Steve Bannon, que coordenou a campanha de Trump e admitiu que via o réu como um possível intermediário do acesso ao Wikileaks. O extremista de direita e outras testemunhas disseram que acreditavam que Stone tinha informações privilegiadas sobre quando a plataforma poderia divulgar mais e-mails que prejudicariam Hilary.
Com prova das acusações, os promotores mostraram mensagens de texto e e-mails escritos pelo réu que contradiziam o depoimento que ele deu ao Congresso e revelavam a ameaça a uma testemunha.
Após o fim do julgamento, Trump foi ao Twitter para criticar a decisão que condenou seu amigo. O presidente acusou a Justiça americana de ter "dupla moral" ao ignorar supostas "mentiras" de seus adversários, citando Hilary, o ex-diretor do FBI James Comey e o procurador especial Robert Mueller.
"Eles não mentiram? Uma dupla moral como essa nunca se havia visto antes na história deste país", escreveu Trump.
CN/ap/rtr/efe/cp
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