
“A confederação tinha R$ 6 milhões em dívida, estava sem receber recursos da Lei Piva, estava sem as certidões negativas junto ao ministério. Além disso, tinha 33 apontamentos no Serasa, fora todo o contexto conturbado, fora a falta de regulamento, de regras e tudo mais que vocês possam imaginar. A partir daí, a gente começou a reestruturar uma confederação”, disse Falavigna.

Natália Falavigna e Diogo Silva participaram da sexta audiência pública da Comissão do Esporte sobre a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Os deputados já ouviram dirigentes e atletas de 27 confederações esportivas sobre gestão, resultados e expectativas para 2020, além da formação e atuação das comissões de atletas. Durante os encontros, o saneamento na gestão tem sido uma constante, em um cenário em que a confederação de taekwondo não é a única a ter enfrentado o afastamento de dirigentes.
Os bons ventos de mudança ainda não alcançaram a Confederação Brasileira de Esgrima, segundo a representante da comissão de atletas, Silvia Rothfeld. Entre os problemas apontados estão a perpetuação das mesmas pessoas no poder e uma transparência que só existe no papel.“A esgrima fez parte de todas essas investigações junto com o taekwondo, que eram denúncias minhas. O plano de gestão, ética e transparência está muito bonito dentro do COB [Comitê Olímpico do Brasil]. As exigências estão acontecendo dentro das confederações, mas efetivamente isso está mudando? Olha o histórico do nosso presidente. Ele era vice do anterior e se candidata. Essa perpetuação dos poderes que não dá mais”, afirmou.
Exemplos de má gestão do esporte não estão restritos ao Brasil. A Associação Internacional de Boxe foi suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional e não poderá fazer a gestão da modalidade em Tóquio. A entidade enfrenta acusações de má administração.
A audiência foi realizada por iniciativa do deputado Luiz Lima (PSL-RJ).
Reportagem – Verônica Lima
Edição – Pierre Triboli
Caminho Político
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