
Antecipar o fluxo de trabalho que será delineado no estabelecimento também é parte essencial do projeto. Para além de configurar a cozinha como uma área de preparação de alimentos apropriada, é primordial considerar todos os componentes necessários para garantir uma operação bem organizada no futuro. Logo, o especialista levará em consideração a setorização estratégica de áreas como limpeza/lavagem, armazenamento, preparo da comida até as refeições prontas.
Isto, de modo que um setor não interfira no outro e todos atendam às particularidades da produção do estabelecimento. Como em qualquer operação, as coisas podem evoluir com o tempo ou decolar rapidamente – resultando no aumento da demanda de serviços do restaurante. Questões como essa devem ser consideradas com antecedência para garantir que o projeto não atenda apenas às necessidades atuais, mas também às possíveis mudanças nos serviços no futuro.
Atenção em relação aos entornos – como o acesso de cargas e descargas, vizinhos para localização de exaustores e a própria legislação. A propósito, todas as áreas da cozinha de um estabelecimento comercial devem ser revisadas e avaliadas quanto à segurança alimentar. Por exemplo, não é todo e qualquer material de acabamento que pode ser utilizado no ambiente, pois existe o desgaste causado pela limpeza diária e as restrições de utilização pela Anvisa.
Fique atento: um projeto bem-sucedido acomoda flexibilidade e eficiência, bem como ultrapassa a curiosidade e condiz com o paladar à mesa.
Pedro Paulo Neves é arquiteto sócio-proprietário da Seven Arquitetura e com mais de 20 anos de experiência em projetos de arquitetura
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