Aeronave que rumava para a maior base chilena na Antártida e transportava 17 tripulantes e 21 passageiros perdeu contato com radares pouco mais de uma hora após a decolagem. Autoridades buscam possíveis sobreviventes. Um avião militar da Força Aérea do Chile (FACH) que havia decolado nesta segunda-feira (09/12) da cidade de Punta Arenas, no sul do país, desapareceu com 38 pessoas a bordo.
"É possível que tenha ocorrido uma aterrissagem", declarou Eduardo Mosqueira, comandante da IV Brigada Aérea em Punta Arenas. A FACH disse ter entrado em contato com os familiares de quem estava a bordo para "mantê-los informados sobre essa lamentável situação".
A bordo do Hércules estavam um total de 17 tripulantes e 21 passageiros, dos quais 15 eram da FACH, três do Exército, dois da construtora Inproser e um da Universidade de Magallanes.
Todos viajavam para cumprir "tarefas de apoio logístico" na base Eduardo Frei, a maior do Chile na Antártida. Eles trabalhariam na revisão do oleoduto flutuante utilizado para o abastecimento de combustível à base e no tratamento anticorrosivo nas instalações.
O estreito de Drake, onde o avião perdeu contato com os radares, é considerado por marinheiros e navegadores a passagem marítima mais tempestuosa do mundo.
"As condições meteorológicas eram boas para voar. Por isso, o voo foi planejado", declarou Francisco Torres, diretor de operações da FACH.
A Força Aérea declarou "estado de alerta devido à perda de comunicação" e ativou uma operação de resgate com diversas aeronaves – uma delas, uruguaia – e embarcações da Marinha chilena, "a fim de localizar possíveis sobreviventes".
As buscas ocorrem em um raio de quase 100 quilômetros ao redor do local onde o avião fez o último contato. Apesar de a aeronave ter o sistema ELT, que indica a localização por satélite, não foi possível observar a sua posição durante a madrugada.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, se disse "consternado" com o episódio e anunciou, no Twitter, que viajará a Punta Arenas com os ministros do Interior, Gonzalo Blumel, e da Defesa, Alberto Espina.
"Meus pensamentos e orações estão com os familiares dos 38 tripulantes e passageiros do avião C-130 da FACH~, escreveu o presidente. "Acabo de falar com o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, para informá-lo de que não poderei comparecer à troca de mandato hoje. Confirmou que logo fará uma visita oficial ao Chile", acrescentou.Segundo o portal G1, a Marinha brasileira afirmou ter enviado o navio polar Almirante Maximiano, com 54 tripulantes e dois helicópteros, à região onde desapareceu o avião chileno.
O último incidente com características semelhantes ocorreu em setembro de 2011, quando um avião também militar, com 21 pessoas a bordo, caiu perto da ilha Robinson Crusoé, no Oceano Pacífico, a 700 quilômetros do continente.
GB/afp/rtr/efe/dpa/cp
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