
Há duas alternativas aos jovens, diante deste cenário tão desalentador: ou seguem na condição de vítimas de uma sociedade excludente, se sujeitando a trabalhos menores e com sérias deficiências educacionais em relação a jovens de outras partes do país, ou se articulam e buscam a ocupação dos espaços de decisão, construindo assim um caminho que vise à redução desta situação.
Pensando na segunda alternativa, a mais acertada, é preciso que haja uma articulação entre os jovens da cidade. Ainda que de forma tímida, ao longo dos anos o Poder Público tem atendido as reivindicações desta parcela da população, abrindo espaços para que sejam discutidas, de forma séria e responsável, as dificuldades enfrentadas.
Em se tratando de Mato Grosso, uma vez que o município padece de maior articulação, há o Conselho da Juventude, que tem por objetivo justamente tratar da implementação de políticas públicas aos jovens mato-grossenses. Falando na esfera federal, nesta semana será realizada a 4ª edição da Conferência Nacional de Juventude, organizada pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Durante a conferência, serão escolhidos os integrantes do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), para o biênio 2020/2021, conforme determina a legislação aprovada em 2005. O tema da conferência este ano aborda justamente as perspectivas futuras para o jovem, que passam hoje por uma formação que não prevê o fato de que, por exemplo, a maior parte das carreiras que existem hoje estarão extintas até 2030.
O que fica claro, ao analisarmos a situação do jovem brasileiro, incluído a da juventude poconeana, é que os problemas existem são claros, conhecidos e de fato causam problemas e de que o Poder Público precisa urgentemente mudar sua forma de ação. Mais claro do que isso, apenas uma coisa: sem uma efetiva participação do jovem na tomada de decisão, que só ocorrerá com articulação, nada mudará.
Fábio de Oliveira é advogado, contador e mestre em Ciências Contábeis
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