Presidente falou durante inauguração das novas instalações da Igreja Anglicana no Niassa: "Não sabemos quem são nem o que querem." Ataques ocorrem em Cabo Delgado (Norte) desde outubro de 2017.O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou-se disponível para dialogar com os grupos armados que têm protagonizado ataques na província de Cabo Delgado, no norte do país.
"O bispo do Niassa que apele a todos para trabalharem para a construção da paz. A paz é uma obra que não termina", declarou Nyusi.
Os ataques
Na região de Cabo Delgado (Norte) têm-se sucedido ataques de grupos armados desde outubro de 2017, após anos de atritos entre muçulmanos de diferentes origens, com a violência a eclodir em mesquitas radicalizadas.
Pelo menos 300 pessoas já morreram em Cabo Delgado, segundo números oficiais e da população, e 60 mil residentes foram afetados, muitos dos quais obrigados a deslocar-se para outros locais em busca de segurança, segundo as Nações Unidas.
Desde junho deste ano, o grupo "jihadista” Estado Islâmico tem reivindicado alguns dos ataques, mas autoridades e analistas ouvidos pela Lusa têm considerado pouco credível que haja um envolvimento genuíno do grupo terrorista que vá além de algum contacto com elementos no terreno.
Os ataques afetam distritos próximos das áreas de projetos de exploração de gás natural e, em ações concertadas com petrolíferas que ali constroem os maiores megaprojetos de gás natural de África, o Governo tem intensificado a resposta militar com apoio logístico da Rússia, mas os episódios continuam e estão a perturbar as obras na península de Afungi.
Agência Lusa/Caminho Político
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